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Economia Sexta-feira, 12 de Outubro de 2012, 11:15 - A | A

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Sexta-feira, 12 de Outubro de 2012, 11h:15 - A | A

NOVOS DESTINOS

Azul aposta em 11 novas cidades para crescer

Assim como em Cascavel, o grupo Azul/Trip opera sozinho em outras 42 cidades, de um total de 100 destinos

FOLHA.COM

A Azul pretende entrar em 11 novas cidades em 2013, ampliando a malha para 111 destinos. "São todas cidades com mais de 250 mil pessoas, no Norte e no Sul do país", disse o presidente da empresa, David Neeleman. Uma das razões para não divulgar os outros nomes é evitar o assédio de prefeitos.

"Tivemos um problema em Cascavel [PR]. Cancelamos voos por uns dias para ajustar a operação depois de um incidente, e a pressão para retomar o voo foi enorme." Assim como em Cascavel, o grupo Azul/Trip opera sozinho em outras 42 cidades, de um total de 100 destinos. A TAM voa para 42 cidades, e a Gol, para 48.

A ampliação de voos da Azul acontece ao mesmo tempo em que TAM e Gol enxugam a oferta de assentos para estancar prejuízos. Mas ela também prevê encerrar o ano com perdas, devido à combinação de baixo crescimento da economia, real valorizado, alta do combustível e aumento de tarifas aeroportuárias.

Neeleman diz que o impacto para a Azul dos aumentos praticados pelo governo para o setor é de R$ 160 milhões. Metade é relativo às tarifas de tráfego aéreo, e a outra metade, à nova taxa de conexão. Para o ano que vem, novos aumentos previstos pela Aeronáutica custarão mais R$ 150 milhões à companhia.

"Vamos economizar R$ 50 milhões com a medida de desoneração da folha de pagamento, mas os custos aumentarão em R$ 310 milhões." Neeleman diz que a associação com a Trip ajudará a melhorar a situação financeira da empresa. "Teremos uma economia de custos de R$ 150 milhões ao ano a partir do primeiro trimestre de 2013", diz.

"Do lado da receita, esperamos aumento de R$ 150 milhões a R$ 300 milhões/ano."

Com aviões de menor porte do que os de Gol e TAM, Azul e Trip detêm 14% do mercado, mas operam 30% dos pousos e decolagens realizados no país.

"Há uma forte pressão para que a gente voe para mais locais, mas é preciso melhorar a infraestrutura."

As duas empresas, que se associaram em maio, passarão a operar em regime de voos compartilhados a partir de 2 de dezembro, quando a marca Trip deixará de existir.

Hoje já é possível comprar passagens da Trip pelo site da Azul, mas, a partir de dezembro, quem entrar no site da Trip será automaticamente direcionado para o da Azul.

Neeleman diz que gostaria de operar em Congonhas, dominado pela Gol e pela TAM, mas não vê perspectivas de ampliação da capacidade.

"Eu gostaria, mas, se não tem jeito, vamos crescer nas cidades onde não têm serviço hoje. Prefiro ter 90% de Viracopos [Campinas] a ter só 5% de Congonhas."

Por conta da associação com a Trip, que tem presença tímida em Congonhas, a Azul vai estrear na ponte aérea no mês que vem, com quatro voos por dia.

 

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