Menina sonhadora, cheia de melindres
Inquieta, incerta, medrosa
Tinha temor de tudo que não estivesse perfeitamente claro
Seu quarto cor de rosa sempre foi seu refúgio
Avessa a crescer e a tudo que remetesse a isso
O mundo era mais seguro do jeito que estava
Sozinha, ela podia controlar tudo o que acontecia e sentia
Inquieta. Incerta. Medrosa. Metódica
Mas o coração não segue planilha, muito menos roteiro
E o coração disparou quando ele apareceu
Tudo o que era certo ficou indefinido
E o mundo perfeito da menina começou a desmoronar
Crescer, amar, caminhar! Era o único pedido dele
Talvez não soubesse que era demais pra ela
Quantas vezes sua perna bambeou ante a decisão:
Ficar menina ou virar mulher?
Mas ele foi gentil, percebeu sua fraqueza. Esperou.
Ela titubeou, mas o amor falou mais alto
Percebeu que valia o medo
Valia a pena: era amor!
Namoro. Briga. Medo. Termina. Volta.
E que romance não tem tudo isso?
Hoje a menina continua menina, com um monte de medos
Só não tem mais medo de uma coisa: amar!
Mirella Carvalho não ficou menina, tampouco virou mulher. No auge dos seus 30 anos, continua num eterno ir e vir; mas hoje segue sem medo, morrendo diariamente de amores pelo seu namorido.