Hugo Dias/HiperNotícias

Trabalhadores terceirizados que prestam serviço no Estado, se reuniram para cobrar pagamento do salário atrasado

Após o HiperNoticias publicar com exclusividade a suspensão dos serviços do pessoal de limpeza, motoristas, telefonistas, dentre outras atividades em três secretarias do Estado e na Ager, a Secretaria de Fazenda (Sefaz) informou que os pagamentos estão programados para serem quitados no próximo dia 20.

Segundo informações dos gestores das três secretarias, Secitec (Ciência e Tecnologia), Setas (Trabalho e Assistência Social), Seplan (Planejamento) e a autarquia Ager (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados), os pagamentos aos trabalhadores não haviam sido feitos porque a Sefaz não havia passado os numerários correspondentes ao pagamento dos terceirizados.

Questionada sobre o porque dos atrasos salariais, a Sefaz, por meio de assessoria, informou que o Estado tem uma programação financeira e "quita os débitos conforme entra dinheiro em caixa, mas que a prioridade do governo é pagar primeiramente  seus servidores e depois os fornecedores", incluindo as empresas que prestam serviços ao Estado.

Apesar da informação sobre o pagamento até o dia 20, o secretário-geral do Sindicado dos Servidores Terceirizados, Valdir Lauriano da Silva, afirma que promessas de pagamento já foram feitas em outras ocasiões, porém não são cumpridas. “Já prometeram outras várias vezes e não foi cumprido. Os trabalhadores não voltam enquanto não receberem os salários atrasados”, enfatizou.

ENTENDA O CASO

Na quarta-feira (12), a reportagem recebeu informações que 122 trabalhadores terceirizados pela Arcari Ltda. estavam com dois salários atrasados. Só em Cuiabá, a empresa emprega 59 funcionários nas três secretarias e na Ager. Devido a falta de pagamento, os trabalhadores estão parados desde a tarde de quinta-feira da semana passada (6).

O proprietário da Arcari, Arthur dos Reis, disse que o Governo do Estado não paga há quatros meses o salário dos trabalhadores e a dívida já chega a R$ 850 mil. O empresário disse que tentou manter os pagamentos aos colaboradores com recursos próprios, mas devido ao não-repasse do numerário à empresa, não foi possível manter os compromissos e os trabalhadores estão sem receber.

“O Estado acumula quatro meses devendo a empresa, e tem também uma nota do ano passado. É uma situação degradante” disse Reis, ressaltando que há quatro anos presta serviços à Administração Pública e nunca tinha vivido uma situação como a atual.

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