Apesar de a Secretaria de Saúde de Várzea Grande negar morte de 4 pacientes por falta de medicamentos na UTI do pronto socorro do Município, relatos colhidos de profissionais da saúde na unidade de saúde apontam para ausência de insumos. O secretário-adjunto Celso Vargas não nega as mortes, mas descarta que elas ocorreram “porque todos os dias morrem pessoas aqui (no PSM)”. As mortes ocorreram entre 22h de terça-feira (3) e manhã dessa quarta, quando também foi constatada a ausência de servidores, principalmente enfermeiros.
No entanto, conforme o HiperNotícias apurou no pronto socorro, que o IML (Instituto Médico Legal) não foi chamado para atender ocorrências. O órgão é solicitado para retirar corpos de vítimas de violência, tais como acidentes no trânsito ou ferimentos por bala ou faca. Isso significa que as mortes ocorreram em maior número que o normal e de morte natural.
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“Há falta de insumos, mas não há desabastecimento do setor, há uma limitação do setor em virtude da demanda. Mas, ninguém morreu por falta de medicamentos, morrem pessoas todos os dias, mas pela gravidade do problema. Já abrimos uma sindicância para apurar, por ordem do secretário de Saúde e do prefeito. Se houver algo, será punido rigorosamente”, destacou.
Vargas também confirmou que há falta de vagas na UTI, que faltam leitos, que existem pessoas com aparelhos no corredor. No entanto, que “todos estão recebendo tratamento”. “Falta de vagas na UTI e de leitos é um problema do Estado e não é fato exclusivo de Mato Grosso, é do país”.
A reportagem do HiperNotícias esteve nas funerárias que atendem ao PSM, e obteve confirmação das quatro mortes. Um dos pacientes foi trasladado para Poconé. Um idoso esteve hospitalizado no PS de Várzea Grande e ficou cinco dias em casa, retornou ao PSVG, mas dois dias depois morreu.
Duas mulheres também morreram, uma é do bairro Marajoara e outra do Novo Mato Grosso, ambos em Várzea Grande. Outra vítima não teve o endereço fornecido pelas funerárias.
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O box de emergência do pronto socorro, na tarde desta quarta-feira (4) estava com sete pacientes em estado mais graves. Um deles, segundo relatos da filha, estava internado há vários dias no quarto do hospital, “mas piorou ontem e veio para o box para receber cuidados específicos”.
Num dos corredores estão pacientes que aguardam para fazer cirurgia. O caso mais crítico é de um rapaz, Marcos Rogério, vítima de acidente de moto. Chegou nessa quarta-feira e necessita urgente de cirurgia porque fraturou duas costelas e elas perfuraram o pulmão. Também fraturou a perna e o braço. Mas não tem ideia de quanto será operado.
“A dificuldade aqui é porque a gente não tem informações precisas, nem eles (profissionais de saúde) sabem informar quando será operado”, informou um amigo da vítima.
Outro paciente aguarda desde sexta-feira (30) cirurgia ortopédica na perna. Também não sabe quando acontecerá o procedimento. “Não falam nem quando será transferido para o quarto, estamos aguardando aqui no corredor”, relata um familiar que não quis se identificar.
Muitos pacientes, como o secretário Celso Vargas informou, aguardam nos leitos uma vaga para cirurgia.
“A fila é longa e lenta, não estou negando. Ainda mais que muitas vezes deixamos de realizar estas cirurgias que podem esperar para suprir a demanda de urgência e emergência”, relatou.
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reginaldo Moraes 05/06/2014
Grcas a deus que a primeira dama do município esta viva , agradecer a Deus por ela nao depender no psmc de cuiaba .....
Aírton 05/06/2014
E muita cara de pau desse secretário, quer dizer q tidos os dias morrem varias pessoas por falta de medicamentos? E isso? Vg esta entregue as gangues mesmo sem nenhum escrúpulo esses administradores
2 comentários