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Cidades Quarta-feira, 02 de Novembro de 2016, 07:48 - A | A

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Quarta-feira, 02 de Novembro de 2016, 07h:48 - A | A

CEMITÉRIO DA PIEDADE

São frequentes as visitas ao cemitério em busca de milagres e para fazer despachos

RAYANE ALVES

No cotidiano a frequência de visitas aos cemitérios é considerada pequena. Há uma resistência por pressentimentos, medo e a angústia. No cemitério da Piedade, o mais antigo de Cuiabá, há regisros recorrentes de pessoas que vão ao local, não para lamentar a morte de um ente querido, mas por curiosidade, pedir uma graça e até mesmo fazer "despachos de macumba".

 

Alan Cosme/HiperNoticias

cemitério da piedade

 

Existem túmulos que recebem um maior número de visitações com este fim. Um deles é o do menino Falconzinho. Ele nasceu no dia 9 de setembro de 1964 e morreu no dia 27 de maio de 1971. A equipe de reportagem do HiperNotícias esteve no local e percebeu que várias pessoas fazem visitam. Na placa, a família colocou uma frase para que talvez o vazio que assolasse pudesse se desfazer. “Só tenho uma consolação JESUS vivo na eucaristia, que me alimenta todos os dias”.

 

Muitos fazem porque acreditam que o menino opere milagres. “As pessoas nem chegam perguntando onde é túmulo, muitas já conhecem e vão direto e saem daqui falando que as preces são atendidas”, afirmou o gerente do local, Sales Lourenço.

 

Outro túmulo que registra visitas recorrentes e do Joaquim Francisco. Ele nasceu no dia 4 de novembro de 1851 e faleceu no dia 26 de agosto de 1905. Joaquim foi ex-consul português. Sobre a lápide, religiosos fazem despachos.

 

“São deixadas várias vasilhas de comidas. O mais usado é pipoca e fígado. Depois que as pessoas saem a gente retira porque muitos acham que o cemitério fede por conta dos corpos, no entanto, o que deixa o mau cheiro é a comida que são usadas para fazerem os trabalhos”, diz o gerente.

 

Segundo os livros de história de Mato Grosso, o cemitério nasceu juntamente com a cidade de Bom Jesus de Cuiabá, como era chamada Cuiabá há pelo menos 290 anos.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

cemitério da piedade

 

De acordo com o gerente, a inscrição cravada na fachada do cemitério em 1815 foi feita bem depois que o local passou a receber sepultamentos de famílias tradicionais cuiabanas e do meio artístico e político.

 

“Sabemos que é o mais antigo. Vários historiadores já visitaram o local e nos repassaram os conhecimentos. Épocas em que os próprios colonizadores que estavam no arraial do frevo e sepultavam todas as pessoas aqui. Era o único ponto de referência que eles tinham”, disse.

 

Lourenço lembrou que antigamente o local tinha as quadras em que se sepultavam apenas as crianças e depois os adultos. Atualmente, esta tendência não permanece.

 

POLÍTICOS

Um dos nomes mais conhecidos pelos mato-grossenses e principalmente por brasileiros que também foi sepultado no local é o do engenheiro civil e ex-governador Dante de Oliveira. Ele nasceu no dia 6 de fevereiro de 1952 e faleceu no dia 6 de julho de 2006, vítima de disfunção múltipla dos órgãos e sistemas, decorrente de um choque séptico ocasionado pela pneumonia e diabetes. A morte pegou de surpresa toda a classe política.

 

Conforme Lourenço, algumas pessoas visitam e citam o movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas levadas por Dante ao Congresso. Além de apresentar a Emenda Constitucional, Dante foi prefeito de Cuiabá e governador de Mato Grosso (1995-2002). Na lápide está gravada: “Jamais seremos um povo livre enquanto tivermos um só brasileiro analfabeto, um único compatriota desempregado, uma única criança passando fome nas ruas ou favelas”.

 

Outras personalidades públicas também são lembradas, uma delas do notável escritor, historiador e diretor da instituição, Estevão de Mendonça.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

cemitério da piedade

 

NOMES

Em 1969, Sales contou que Seu Lino (Epifânio da Silva) também faz parte da memória do Piedade. Ele morreu atropelado em 2009, quando caminhava em direção ao trabalho.

 

“Ele ficava boa parte da vida aqui. Acordava em cedo e ia embora para casa apenas às 19h”.

 

No local, seu Lino trabalhou como administrador e ajudou enterrar vários dos personagens que permanecem vivos na memória do povo mato-grossense.

  

Pelo menos 12.800 pessoas estão sepultadas no local. Trabalhadores foram contratados para ajudar com a limpeza e as pequenas reformas que serão necessárias no local para receber o público no dia 2 de novembro – data consagrada como Dia de Finados no Brasil.

 

A expectativa é que 25 mil visitantes passem pelo local na data comemorativa.

 

 

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