Um fazendeiro de Paranatinga (a 376 km de Cuiabá) é apontado como o maior desmatador da Amazônia, segundo levantamento publicado nesta sexta-feira (31) pela revista Veja. Edio Nogueira, proprietário da Fazenda Cristo Rei, lidera a lista entre os dez que mais desmataram no país. Além dele, outros três mato-grossenses também ocupam lugar no ranking.
O levantamento é com base nas maiores multas aplicadas por uma única infração do tipo entre agosto de 2019 e julho de 2020, período em que é medida a devastação anual no país pelo Prodes, projeto de monitoramento por satélites criado em 1988.
A propriedade de Edio está a 18 quilômetros do limite com o Parque Nacional do Xingu. Ele já teria recebido uma multa de R$ 50 milhões por desmate ilegal e outra no valor de R$ 2 milhões por uso irregular de agrotóxico.
A reportagem aponta ainda que a "cidade é terra de fazendeiros criminosos e que atualmente é um dos epicentros da destruição da Amazônia".
Outros dois mato-grossenses que aparecem na lista também são do município de Paranatinga, sendo Ilto José Mainardi. Ele é proprietário da Fazenda Marajoara. Ele recebeu multa no valor de R$ 33,31 milhões.
Já outro se trata de Cleudes Santos de Oliveira, que segundo levantamento recebeu multa por desmate ilegal no valor de R$ 14 milhões.
O quarto agropecuário de Mato Grosso é Silvio Som Cruz e Silva, do município de Feliz Natal (a 511 km de Cuiabá). Sob ele, foi atribuído uma multa no valor de R$ 14 milhões.
Desmatamento
Conforme a reportagem, a justiça ambiental do Brasil é lenta somente 3% das infrações emitidas pelo Ibama no país são efetivamente cobrados. Pelo levantamento, o desmatamento na Amazônia Legal aumentou durante o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Em agosto de 2018 a julho de 2019, 6.844 quilômetros quadrados foram desmatados; em agosto de 2019 a julho de 2020 aumentou para 8.282 km².
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