Um mercado funciona dentro das dependências da Penitenciária Central do Estado (PCE), no bairro Pascoal Ramos, para fornecer produtos de gênero alimentício que são proibidos de entrar.
As famílias dos presos estão revoltadas com o valor praticado e porque agora, é de responsabilidade delas, comprar lençóis e roupas, desde peças intímas. Detalhe: tudo na cor branca, sem uma listra sequer de outra cor.
Entre os produtos comercializados no "mercadinho" estão bolachas recheadas, refrigerantes, sucos e fumo (fumo de corda; não é cigarro). E, com preço acima do que é praticado nos supermercados das proximidades do local.
Bolachas da marca Passatempo custam R$ 3,00, açúcar de 2kg é comercializado por R$ 4,00, café por R$ 4,00 e refrigerante Coca-Cola de 1,5 litro mais uma fanta de 2 litros saem por R$ 10,00, segundo denúncia que chegou à redação do HiperNotícias.
|
Outro problema é que o mercado da PCE não dispõe de estoque e as famílias não podem adquirir o produto fora da penitenciária para levar.
“É preciso chegar cedo e enfrentar fila, aliás, é fila imensa para entrar, fila para revista da comida, fila para revista pessoal, fila para comprar os itens no mercado”, declara uma fonte que prefere não se identificar, com medo de represálias. "Fila para dar a carteirinha e conferir se o preso está na unidade, depois fila para dar a carteirinha para o agente liberar a entrada", diz.
"São mais de 2 mil presos, porque não fazem tudo de uma vez? Tem mulheres que chegam às 3h da manhã e só conseguem entrar para visita por volta das 11h e quando vai comprar os produtos já não tem mais", conta.
MAIS FILAS
Segundo a denúncia, no dia que antecede a visita dos parentes, os familiares enfrentam fila para entregar a roupa e pegar os pertences dos presos.
“Acham que família de preso não trabalha, tem que passar a vida na porta da cadeia”.
Segundo informações da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) foram implementadas ações que integram o processo de modernização e humanização do Sistema Penitenciário.
A “Operação Legalidade”, realizada na Penitenciária Central do Estado, no início de outubro deste ano, foi uma delas com o objetivo de separar os presos condenados dos provisórios e buscar eficácia no tratamento aos portadores ou diagnosticados com doenças infecto-contagiosas, como a tuberculose.
|
Quanto às filas, com as novas diretrizes, ficou bem mais burocrático, ou melhor, cuidadoso, para o acesso de qualquer pessoa no presídio. A revista é mecânica, todos, independente da hierarquia, seja autoridade, passam pelo raio x.
E a respeito dos produtos vendidos na unidade, a informação é de que foram os próprios presos que votaram os itens que queriam que fosse disponibilizado, já que não podem ser levados por pessoas de fora. E que o dinheiro arrecadado é revertido para o preso.
“Eles trabalham e do que recebem parte vai para uma poupança individual, para quando saírem da prisão terem um recurso. Outra parte fica com eles e outra é para a família”, explicou a assessoria.
TUDO BRANCO
Mas o Programa Operacional Padrão (POP) que vem sendo implantado na Penitenciária Central do Estado (PCE) tem dividido opiniões e gerado indignação entre os familiares dos presos.
“Estão obrigando as famílias levarem roupas brancas porque querem que eles fiquem só de branco. Parece pai de santo. Até os lençóis brancos temos que comprar”, revolta-se uma senhora, que por segurança, omitimos o nome.
|
No final do mês passado, presos do Centro de Ressocialização de Sorriso encerraram uma greve de fome. Foram cerca de três dias sem alimentação para protestar conta o novo sistema implantado na unidade, uma vez que o POP retirou algumas regalias.
Ainda que integre ações inovadoras no sistema penitenciário, a questão é: até que ponto é cabível e justificável a implantação de um pequeno mercado dentro de uma unidade prisional? Até onde a reportagem apurou vai ser difícil a sociedade entender esses avanços.
SECRETÁRIO E DIRETOR
O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Luiz Antonio Pôssas de Carvalho não atendeu às ligações para o seu celular feito pela reportagem. O diretor da Penitenciária Central do Estado, Kleiton de Lima Ferreira afirmou à reportagem que não podia falar com o HiperNotícias e recomendou que fosse procurada a assessoria.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.
LUCIENE OLIVEIRA DA SILVA 24/02/2015
verdade isso é um descaso total com os familiares ,toda visita é algo novo ,nao entra isso nao entra aquilo os agentes fazendo piadinhas com a cara da familia,as vezes tem k voltar e trocar de roupa pork nao entra essa cor outro dia nao entra outra cor e assim é essa avida de parentes que vistam na PCE
LUCIENE OLIVEIRA DA SILVA 24/02/2015
verdade isso é um descaso total com os familiares ,toda visita é algo novo ,nao entra isso nao entra aquilo os agentes fazendo piadinhas com a cara da familia,as vezes tem k voltar e trocar de roupa pork nao entra essa cor outro dia nao entra outra cor e assim é essa avida de parentes que vistam na PCE
sheila soares 09/11/2013
parabens!pela reportaguem! agora ficou pior so para a familhia do preso,a historia do raio x para todos? para a familhia do preso sim!todas terça feira temos que madrugar para pegar autorização de pertences como roupa branca,lençol branco,zorba branca,sabonete ,pasta de dente,papel higienico,toalha branca,sabão em pó,escova de dente,chanpoom,chinelo branco.pente tudo que refera ao preso tem que madrugar para pegar autorização,ai começa a luta é senha para pedir autorização,depois senha para levar os pertences isso vai o dia inteiro.você madruga na porta do presidio de segunda para terça feira e vai imbora as 18:00 horas da noite de terça feira.sabado para domingo madruga novamente para entrar na vizita.agora vão começar o atendimento as 09:00 da manha,fila para revista da comida,fila para revista pessoal,fila para comprar mercadorias,como bolacha,refigerante etc.outra fila para conferir o nome do reducando um so agente para olhar o nomes dos presos em uma lista enorme imagine a quantidade de tempo que este agente gasta para conferir uma lista de nomes,ai outra fila para deixar sua carterinha com sua indentidade e dizer para que raio vai,sendo que você ja passou pela conferencia do nome,e nesse decorrer ja se passou as horas,voçê consegue entrar por volta das 11:30 minutos si vc foi umas das primeira a entrar porque fica muita familhia para entrar atarde,ai imagine os familhiares de tarde com da manha certeza que nem todos vão consiguir entrar.antes reclamavamos dos policiais que não eram rapidos melhorou a eficiencia dos militares nas revista,ficaram mais burocraticos mais com agilidades e eficiencia.A reclamação gera intorno dos agentes e da direção do presidio,que dificulta a vida dos familhiares.fila para tudo,sem estrutara de mercado,pouco estoque,os agentes não colabora com agilidade nas filas.é um descaso total.
3 comentários