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Cidades Segunda-feira, 19 de Dezembro de 2022, 17:40 - A | A

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Segunda-feira, 19 de Dezembro de 2022, 17h:40 - A | A

RETROSPECTIVA 2022

Pandemia apresenta altos e baixos em 2022 com crescimento de 1.000% em dezembro

Possível aumento da circulação do vírus se deu por conta do surgimento da subvariante da Ômicron BQ.1 e baixa cobertura vacinal

CLARYSSA AMORIM
Da Redação

A pandemia da covid-19 em Mato Grosso teve altos e baixo durante este ano. Isso porque, no início de 2022, o Estado teve um significativo registro de casos, assim como neste mês de dezembro, que registrou grande aumento nas confirmações para a doença e sobretudo a segunda maior taxa de mortalidade do país. O epidemiologista da Fiocruz, Diego Ricardo Xavier, acredita que o aumento da circulação do vírus e a preocupante taxa de mortes se deram por conta do surgimento da nova subvariante da Ômicron BQ.1 e a baixa cobertura de vacinação.

Nos primeiros 12 dias de dezembro, por exemplo, os casos positivos de covid-19 apresentaram um crescimento de 1.000%, em relação aos registros de novembro. No início do mês anterior, o Ministério da Saúde emitiu uma nota pública informando que Mato Grosso está entre os 21 estados com mais aumento de casos de covid-19 em outubro, que até então apresentou um crescimento de 9%.

Diego Xavier analisou a pandemia em 2022 com dois picos de casos positivos, principalmente no início do ano, com registros de cerca de 4 mil diários e, agora, de novembro para dezembro. Segundo o epidemiologista, esses picos estão relacionados com doenças respiratórias e uma parcela desses casos tende a piorar, principalmente entre aquelas pessoas que não são vacinadas ou estão em grupo de risco.

"Sobre 2022, a gente teve um pico de casos no início do ano, quando chegamos a registrar cerca de 4 mil casos diários, principalmente em função da ômicron. Depois, em fevereiro, com um novo aumento, apresentando cerca de 2 mil casos diários. Em relação a mortes, chegamos a ter uma diária de 20 mortes em fevereiro e cerca de sete mortes média móvel em julho. No total, o Estado tem cerca de 800 mil casos, com mais de 15 mil óbitos. Então, o ano de 2022 mostrou pra gente esses dois picos que estão diretamente relacionados com doenças respiratórias. E, de novo, a gente começa a ver um aumento de casos, quase terminando o ano, mas se pode dizer um terceiro pico. Inevitavelmente, uma parcela desses casos, as pessoas tendem a piorar, principalmente pessoas não vacinadas ou em grupo de risco", analisou o epidemiologista.

LEIA MAIS: Mato Grosso não descarta caos na Saúde com “explosão” de casos de covid-19 em dezembro

A Prefeitura de Cuiabá chegou a emitir um comunicado de risco no dia 16 de novembro, informando o possível retorno no avanço da doença. Isso porque, de uma vez só, a capital registrou os três primeiros casos da nova subvariante da Ômicron do Estado no dia 23 de novembro. Os três pacientes registrados são residentes de Cuiabá.

LEIA MAIS: Mato Grosso já registra três casos da nova subvariante da Ômicron causadora da nova onda

Recentemente, no dia 14 de dezembro, o governo suspendeu temporariamente as visitas e a presença de acompanhantes nos hospitais geridos pelo Estado. A medida levou em consideração o Comunicado de Risco da Covid-19 emitido pelo Centro de Operações em Emergência de Saúde Pública (COE-MT).

Conforme a Portaria, a presença de acompanhantes aos pacientes internados será mantida especificamente para casos excepcionais previstos em lei, ou seja, crianças, idosos e Portadores de Necessidades Especiais (PNEs).

A Portaria é válida no âmbito das oito unidades hospitalares geridas pela SES. São elas Hospital Regional de Sorriso, Hospital Regional de Colíder, Hospital Regional de Sinop, Hospital Regional de Cáceres, Hospital Regional de Alta Floresta, Hospital Regional de Rondonópolis, Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, e o Hospital Estadual Santa Casa, em Cuiabá.

De acordo com o boletim epidemiológico, até esta segunda-feira (19), Mato Grosso já soma 856.946 casos positivos de covid-19, com 15.289 mortes pela doença. Na Capital, já são registrados 147.730 positivos e 3.727 mortes. Mato Grosso aparece como o segundo estado com maior taxa de mortalidade no Brasil, com 424 mortes a cada 100 mil habitantes, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro, que apresenta 437/100 mil. 

Para epidemiologista, esses números são preocupantes, porque se ao comparar com a capital carioca, Mato Grosso tem mais condições de evitar o aumento dos casos. 

"[...] a gente vê que Mato Grosso tem 424 óbitos e só fica atrás do Rio de janeiro, com 437 óbios por 100 mil habitantes. Isso chama atenção, poque o Rio de Janeiro apresenta estrutura geográfica com mais idosos, que a gente sabe que têm maior risco para óbito de covid. E no Rio de Janeiro a gente tem também a situação de aglomeração, que facilita a circulação do vírus, como na favela. Então, quando a gente olha pra Mato Grosso, em tese, teria condição de responder rmelhor, até porque tem uma economia pujante, baseada no agronegócio, e encontrar o estado com a 2ª taxa de mortalidade proporcional não razoável, isso mostra que a gente errou muito no Estado em várias situações", explicou o espidemiologista.

VACINAÇÃO

De acordo com o painel de vacinação da covid-19 em Mato Grosso, 79.08% já tomaram a 1ª dose e 70% a 2ª dose. Daí para frente, a população começou a ficar mais tímida para completar a cartela de vacinação contra a doença. 

Na Capital, já foram aplicadas 1.326.276 de doses, sendo a primeira dose aplicada 51% (18 anos acima) e 32,7% (acima de 30 anos). Em Cuiabá, a vacinação de crianças de 6 meses até 11 anos foi liberada neste ano. Recentemente, Cuiabá e Várzea Grande ampliaram a vacinação para faixa etária a partir dos 25 anos para a segunda dose de reforço. 

O epidemiologista explica que a vacinação é a única maneira de prevenir o vírus ou, pelo menos, caso seja contraído, a doença não se apresente de forma grave.

"Quando a gente fala de vacina, o estado de Mato Grosso apresenta cerca de 80% da primeira dose, 73% da poulação com a 2ª dose e 30% com a dose de reforço. A gente chama principalmente a atenão da vacinação em crianças. No Brasil, a gente tem observado cerca de 7% de vacina pra cirnças de 6 meses a 4 anos e, em Mato Grosso, segue esse padrão. Precisamos reforçar a importância da vacinação. No ano que vem, provavelmente a gente já vai estar com vacina bivalente, que vai dar conta para doença originária e para essas novas variantes. Até lá, temos que tomar cuidado, como agora, no final do ano, que tem festas, tem aglomeração, vai ter gente viajando, isso facilita a circulação do vírus", finalizou.

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