A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) emitiu alerta sobre uma nova onda de covid-19 no Estado. Somente nos 12 primeiros dias de dezembro, Mato Grosso registrou 3.869 casos da doença. No comparativo com o mesmo período do mês passado, o número representa crescimento de quase 1.000%.
Segundo informações do painel de dados alimentado pela SES, nos 12 primeiros dias de novembro, o Estado registrou 377 casos e três mortes. Uma média de 31 casos por dia. Em dezembro, a média saltou para 322 casos por dia, sendo registradas sete mortes no período, duas delas de bebês.
No alerta sobre a nova onda de covid-19, a Secretaria de Saúde cobrou dos municípios medidas de contenção à transmissão do vírus. Com o fechamento de leitos de UTI nas redes públicas municipais, a expectativa da SES é que, se nenhuma atitude for tomada, o Estado volte a viver um cenário de caos na saúde pública que pode ser agravado pelas festas e confraternizações de fim de ano.
A Secretaria cobra ainda medidas para ampliar a cobertura vacinal de grupos como os bebês e crianças de seis meses a cinco anos. “É imprescindível a atuação dos municípios no âmbito da oferta de leitos, da cobertura vacinal e da conscientização da população. A pandemia não acabou”, reforçou a titular da Pasta, Kelluby de Oliveira.
Atualmente, 83,3% dos 25 leitos de UTI estão ocupados. No caso das UTIs pediátricas, o Estado ainda dispõe de cinco leitos.
CUIABÁ
Atualmente, segundo o monitoramento do Estado, Cuiabá apresenta risco moderado para contaminação da covid-19. Contudo, o prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), tem se mostrado resistente na adoção de medidas restritivas contra a doença. No fim de novembro, Emanuel descartou a adoção de medidas restritivas para conter a doença como a volta da obrigatoriedade do uso de máscara.
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“Tem coisas que não adianta o prefeito baixar um decreto para a população fazer. Se as coisas se resolvessem por decreto, eu baixaria um decreto para que todos tivessem saúde e ninguém morresse em Cuiabá, todos vivessem felizes para sempre, mas as coisas não são assim", disse à época.
Na ocasião, o prefeito justificou a postura a partir da situação “controlada” e de “baixo risco” para a covid-19 na Capital. A previsão, por outro lado, já era de alta de casos com a introdução de novas subvariantes do coronavírus no Estado.
MORTE DE BEBÊS
O perfil das mortes por covid-19 no mês de dezembro em Mato Grosso mostra uma incidência maior nos públicos de 80 anos ou mais, considerado de risco para a doença, e nas crianças e bebês com menos de cinco anos de idade.
De todos os sete óbitos de covid-19 em dezembro, dois foram de bebês. O número corresponde a 28,5% de todas as mortes.
Segundo os dados da SES, as mortes foram registradas em Cuiabá e em Matupá e as vítimas foram dois meninos de um ano de idade nos dias nove e seis de dezembro.
Atualmente, já existem vacinas para esse público, contudo, os imunizantes só estão liberados para os bebês e crianças com menos de cinco anos que apresentarem comorbidades. Mesmo nesse público alvo reduzido, a vacinação é considerada lenta.
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