Marcos Negrini/Secom-MT |
Pedro Henry, secretário de Saúde, Silvio Machado (lado direito), diretor responsável pelo setor de medicamentos |
O Instituto Pernambucano de Assistência Social (Ipas), que passa a gerenciar a logística de distribuição de medicamentos a partir desta terça-feira (12), ainda não fez um diagnóstico dos problemas que irá enfrentar em um ano do contrato de gestão.
Do volume de processos judiciais abertos contra a Secretaria de Estado de Saúde (SES), 70% são de usuários que exigem o cumprimento da compra de medicamentos.
O setor de assistência farmacêutica atende 23 mil usuários em todo o Estado e é um dos grandes problemas que a SES enfrenta atualmente. A ideia da contratação da Organização Social de Saúde (OSS) é que deixe a cultura da judicialização (processos judiciais para adquirir o medicamento, no qual o gasto é muito grande) e passe para o atendimento humanizado e mais socializado em todo o Estado.
Neste processo de transição, o Ipas terá 30 dias para se adequar ao trabalho no setor farmacêutico. Pedro Henry, secretário de Saúde, disse que, apesar do gerenciamento ser feito pela OSS, o comando ainda fica com a Secretaria. “A política de assistência continua sendo nossa. O Ipas apenas fará a distribuição dos medicamentos”, afirmou Henry.
Sílvio Machado, o novo diretor do Ipas responsável pela área farmacêutica, atua há 18 anos no setor da saúde e já foi secretário adjunto de saúde no Estado do Espírito Santo.
De acordo com o diretor, o Ipas vai investigar a ineficiência do sistema atual, os vazios assistenciais, que são os produtos solicitados e que ainda não existem na lista da SES, os problemas dos genéricos, entre outras deficiências que estão acumuladas na pasta. Porém, esse levantamento começará a ser feito daqui a um mês.
O Centro Estadual de Abastecimento de Insumos de Saúde (Ceadis), criado pelo Ipas e coordenado por Machado, trabalhará com 110 pessoas, alguns servidores que se encaixarem na dinâmica de trabalho da OSS será convidado a integrar a equipe. “Faremos o armazenamento, transporte e distribuição dos medicamentos e vamos contatar os municípios para os medicamentos chegarem até os núcleos”, assegura Machado.
O Ceadis receberá por mês R$ 584,3 mil para organizar as falhas da distribuição e mostrar o bom serviço em um ano, tempo do contrato entre o Governo e a OSS.
Marcos Negrini/Secom-MT |
Distribuição de medicamentos deverá ser feito em 16 regiões- pólo no Estado |
A aquisição dos medicamentos continua sendo responsabilidade da SES. Entre os objetivos, está a implantação de 16 centros de distribuição em regiões-pólo do Estado de Mato Grosso.
SETOR FARMACÊUTICO
A SES, há três meses está utilizando plataforma eletrônico privada para a compra de medicamentos que abre concorrência para o país inteiro. A plataforma, segundo Pedro Henry, é uma maneira de deixar a concorrência mais acirrada.
De acordo com o secretário, os gastos com medicamentos devem diminuir consideravelmente. Ele cita que em alguns produtos adquiridos em 2011, a redução foi de 30 a 40% do valor pago em 2010. "Para a campanha de vacinação compramos seringas por esta plataforma e gastamos 52% a menos do que foi gasto com o produto em 2010", afirma Henry.
A Secretaria já realizou o registro de 1.200 produtos que está na lista de medicamentos para avaliar o melhor preço.
Os 23 mil usuários cadastrados e que dependem da liberação de remédios do Sistema Único de Saúde esperam que o atendimento se torne eficiente.
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