Os motoristas da empresa Norte Sul Transporte cruzaram os braços na manhã desta quarta-feira (13), alegando ainda não terem recebido os salários de dezembro. Milhares de trabalhadores ficaram prostrados nos pontos de ônibus, sem saber da paralisação.
Imagem da Internet

Alegando salários atrasados, motoristas da Norte Sul cruzaram os braços nesta quarta
Várias pessoas ficaram mais de uma hora no ponto esperando o ônibus, que nunca viria. No bairro Osmar Cabral, por exemplo, só passaram as linhas 503 e 512, da empresa Pantanal Transporte. Outros bairros atendidos apenas pela Norte Sul -- como o Pedra 90, Jardim Industriário e CPA -- não tiveram este benefício.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores de Empresas de Transportes de Cuiabá e Região (STETT/CR), Olmir Justino, a Norte Sul pagou cerca de 40% dos funcionários de todos os setores no quinto dia útil de janeiro. Quanto ao restante dos trabalhadores, os empresários dizem que não têm uma definição sobre o pagamento.
A direção do sindicato está intervindo desde terça-feira (12) para garantir a manutenção do serviço, enquanto buscam uma negociação com os empresários. A organização chegou a conter uma possível greve relâmpago que aconteceria ontem, mediante a promessa de pagamento dos motoristas até o fim do expediente.
Para evitar a paralisação, os donos das outras empresas de transporte coletivo que operam na região de Cuiabá cumpriram a promessa e pagaram todos seus motoristas ainda na terça.
“No final do expediente de terça-feira, todos os motoristas da empresa União Transporte e Pantanal Transporte receberam. Apenas faltam algumas pessoas que exercem funções na administração e mecânica. Já a Norte Sul não tem nada definido. O sindicato tentou negociar, só que não conseguimos, porque a empresa afirma que não tem dinheiro para pagar porque existe evasão de receita, isenção do ICMS da gestão do Silval Barbosa [PMDB], que foi retirada pela atual administração do Estado, inflação, defasagem da passagem e o aumento do combustível”, afirmou.
ATRASO SALARIAL
De acordo com Ledevino, o atraso no pagamento dos funcionários já acumula três meses e atinge, além dos motoristas, o pessoal da administração, financeiro e manutenção. De todos esses setores, apenas 40% dos empregados já receberam o salário, diz o sindicalista.
A direção do sindicato conseguiu fazer um acordo com os funcionários do transporte público para que eles não deflagrem greve neste mês de janeiro, enquanto tentam resolver a situação por meio da negociação.
Contudo, Ledevino já deixou avisado que a categoria irá deflagrar greve se não receber o salário de dezembro e janeiro até o quinto dia útil do mês. A paralisação atinge em cheio a população, pois aconteceria justamente no período do carnaval.
Já sobre o aumento da passagem do ônibus, que deve acontecer nestes primeiros meses do ano, Ledevino disse que é contra. Mas, independente disso, o preço deverá subir. Especula-se que a nova tarifa fique entre R$ 3,60 e R$ 3,80, devido às sucessivas altas no preço do diesel e a um decreto publicado pelo Governo do Estado no final do ano, que retirou a isenção de ICMS sobre o óleo diesel em Mato Grosso.
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