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Cidades Quarta-feira, 25 de Maio de 2022, 13:00 - A | A

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Quarta-feira, 25 de Maio de 2022, 13h:00 - A | A

DEPRESSÃO

Médico que tirou a própria vida havia postado sobre cuidados com saúde mental horas antes de apertar gatilho

Miguel era psiquiatra e sempre tratava do tema desde que sua mãe se matou 10 anos antes, inclusive em entrevista ao HNT à época

MÁRCIA TOMAZ
Da Redação

O médico psiquiatra Miguel Eduardo Araújo, de 31 anos, que tirou a própria vida na tarde de terça-feira (24) com disparo de arma de fogo, na casa onde morava com a família em Nova Mutum (240 km ao norte de Cuiabá), já fez tratamento de depressão em 2012. A mãe de Miguel também tirou a própria vida em abril de 2012.

O médico Miguel Eduardo, conhecido no médio norte do Estado por sua atuação e dedicação aos pacientes, usava as redes sociais para alertar e falar alertar sobre depressão, os males e perigos que ela traz.

Horas antes de tirar a vida, ele fez um post em seu Instagram com a seguinte frase:

“Cuide de suas necessidades físicas, mentais, sociais e emocionais, pois, estar em harmonia requer encontrar o equilíbrio entre as diferentes esferas da vida”.

Miguel sempre tratava os assuntos polêmicos com seus seguidores, que estavam em evidência no momento, também abordava temas sobre ansiedade, depressão, angústia e o quanto a saúde mental era importante para se viver bem.

Nas redes sociais ele, mostrava uma vida equilibrada e calma ao lado da família, com fotos de viagens, passeios.

No entanto, há dez anos, sua mãe também cometeu suicídio dentro da própria casa, na cidade de Pontes e Lacerda. Na época, Miguel ainda era estudante de Medicina. O fato levou a se especializar em psiquiatria.

O fato aconteceu em 2012. Maria da Paz dos Santos Araújo sofria de depressão e já estava em tratamento quando tirou a própria a vida, no dia 17 de junho. Ela se enforcou dentro da casa onde morava.

Dois meses depois da morte da mãe, Miguel concedeu uma entrevista ao HNT, onde deu o alerta sobre a importância de os familiares ajudarem pacientes no tratamento da depressão.

Ele contou que a mãe, que era comerciante, vivia uma boa fase da vida e, apesar da resistência em manter o tratamento, a família estava sempre por perto para acompanhá-la.

Em uma de suas declarações ele disse: “a doença não pode ser subestimada pela sociedade e pelos médicos. O paciente precisa de apoio para ir até o fim do tratamento. Infelizmente, em um momento de impulsividade, minha mãe interrompeu a vida dela”.

No dia em que a mãe morreu, ele chegou a gravar um vídeo e postar no Youtube, onde destacou a importância de os depressivos procurarem ajuda médica.

Durante a entrevista, ele confessou que também já tinha sido vítima de depressão, mas que conseguiu levar o tratamento até o fim.

“Fiquei um tempo ansioso, depressivo. Busquei o tratamento e aprendi a controlar a minha ansiedade. Tomei remédio e depois que fiz o tratamento, consegui dividir o tempo para realizar várias atividades e sem sofrer tanto. Minha família tem dois casos do potencial da doença, uma que tratou e deu certo e outra que não deu”, avaliou.

O alerta que o psiquiatra fez é de que muitas vezes os próprios familiares dos pacientes desconhecem a doença e não se empenham em ajudar.

 

O CASO

O médico psiquiatra foi encontrado morto no banheiro da própria casa onde morava com a família em Nova Mutum (240 km ao norte de Cuiabá), na tarde de terça-feira (24).

De acordo com informações da Polícia Civil, o caso foi registrado por volta das 18h, e atendido inicialmente pela Polícia Militar, para atender uma ocorrência de disparo de arma de fogo em uma casa no bairro Bela Vista.

No local, os policiais encontraram a vítima caída no banheiro já sem vida. Ao lado do corpo foi encontrado uma pistola e 17 munições. Uma equipe do Corpo de Bombeiros chegou a ser acionada e constatou a morte do médico.

A Perícia Oficial e Identificação Técnica foi acionada e esteve no local. Em seguida, o corpo ao Instituto Médico Legal.
O caso foi registrado como suicídio. A Polícia Civil acompanha o caso.

LEIA MAIS: Depressão não pode ser subestimada', diz jovem que perdeu a mãe por causa da doença. Confira o vídeo aqui

 

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