Mato Grosso tem uma taxa de 23,3% de pessoas vivendo na pobreza, o que corresponde a 828.058 de pessoas no Estado. A informação faz parte do levantamento realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), obtido a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE), sobre rendimento de todas as fontes do ano de 2022. O estudo detalha também as taxas de extrema pobreza de cada estado nos anos de 2021 e 2022. No ano passado, 4,1% das pessoas de Mato Grosso vivem em extrema pobreza, o equivalente a 141.266 habitantes.
Para o cálculo das taxas, foram consideradas as linhas de pobreza e extrema pobreza estabelecidas pelo Banco Mundial, ou seja, com a renda de US$ 6,85 per capita/dia e US$ 2,15 per capita/dia, respectivamente. Os valores foram convertidos pela Paridade de Poder de Compra (PPC/2017), que é um método alternativo à taxa de câmbio e leva em conta o valor demandado para adquirir a mesma quantidade de bens e serviços no mercado interno de cada nação, em comparação com o mercado norte-americano. Assim, as referências mensais das linhas de pobreza e extrema pobreza tomadas como limites foram de R$ 665,02 e R$ 208,73, para valores de 2022, respectivamente.
O diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, o pesquisador e doutor em Geografia Pablo Lira, explica que, nos últimos anos, o Brasil retornou ao mapa da fome e a questão histórica da miséria voltou a atormentar a vida dos brasileiros. “É fato que a pobreza e a extrema pobreza reduziram em 2022. Entretanto, ainda há um longo caminho para a reconstrução e a reestruturação de políticas públicas de assistência social efetivas e com caráter de Estado, que perpassem governos. Nesse sentido, será possível consolidar uma tendência de diminuição desses problemas”, argumentou.
“Considerando os recentes aprimoramentos proporcionados pela retomada do programa Bolsa Família, bem como levando em conta os efeitos do Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência (BPC-LOAS) e de outras políticas públicas de assistência social nas escalas federal, estadual e municipal, a pobreza e a extrema pobreza provavelmente seguirão em tendência de redução em 2023. Uma boa notícia para os brasileiros que acreditam em um país mais próspero, menos desigual e com mais justiça social”, pontuou.
(Com assessoria)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.