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Cidades Sexta-feira, 12 de Outubro de 2018, 14:06 - A | A

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Sexta-feira, 12 de Outubro de 2018, 14h:06 - A | A

JÁ TROUXERAM OURO PARA MT

Jovens universitários fomentam o mercado dos eSports em Mato Grosso

KHAYO RIBEIRO

Com mais de 20 horas de treinamento semanal, jovens cuiabanos têm avançado o cenário de jogos eletrônicos no estado. Em pouco mais de dois anos, a primeira equipe organizada de eSports de Mato Grosso já concorreu e ganhou ouro em eventos pelo Brasil. Ao HiperNotícias, o estudante de computação João Gabriel, 21 anos, contou tudo sobre o crescimento dessa modalidade em Cuiabá. 

 

Reprodução

Gamers ufmt

 Representates da Trojam em torneio de eSports

No último semestre do curso de Ciências da Computação, Gabriel divide seu tempo de estudos com as atividades da atlética Trojan. Ele é organizador de eSports da comissão de eventos e esportes de seu curso e já foi técnico do time de League of Legends (LOL, um dos esportes eletrônicos). 

 

No ano de 2016, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) promoveu o primeiro campeonato de jogos universitários. Na ocasião, o jovem estudante acompanhado de amigos montou um time para competir nas modalidades de esportes eletrônicos. Pronto, estava dada a largada para uma paixão que renderia diversas vitórias em curtíssimo espaço de tempo. 

 

“Ganhamos os jogos universitários da UF e em outubro daquele mesmo ano fomos convidados a competir na Liga Universitária de eSports (LUE) fora do estado, em Minas Gerais”, se orgulha o jovem ao recordar o convite. 

 

No LUE daquele ano, os jogadores ganharam ouro em dois dos três esportes que competiram. “Fifa e Counter Strike fomos finalista, só em League of Legends que ficamos em terceiro lugar”, comenta Gabriel. 

 

Como 2016 não guardou vitórias suficientes para o time, em 2017 eles deram início a uma série de campeonatos locais. “Foi um ano cheio, fizemos cinco torneios em Cuiabá e continuamos participando dos nacionais”, comenta o jovem. Com premiações entre R$ 400,00 e R$ 600,00, as disputas sempre foram realizados com apoio da universidade ou, ainda, por meio de associações externas. 

 

Todavia, ele aponta que nem tudo foi vitória. Para sair do estado, o time desembolsou muito dinheiro com gasolina para o ônibus e demais gastos durante a viagem. Por ser um cenário ainda em crescimento, o jovem aponta que a falta de investimento impede que vários projetos saiam do papel.

 

Dedicação

 

O crescimento nacional da modalidade tem feito com que cada vez mais surjam novos times. Nesse sentido, os jogadores contam com cenários mais competitivos. Assim, para “manter o nível”, eles treinam mais de 20 horas semanais. 

 

Reprodução

Gamers ufmt

 Foto ilustrativa

“A gente já organiza duelos com times de outros estados para treinar. Funciona assim: entramos em contato com eles; marcamos um horário e disputamos partidas valendo a melhor de três”, revela o estudante.

 

Além das horas investidas, a paixão pelo eSport faz com que os jovens apliquem dinheiro em equipamentos para melhorar suas performances. Dessa forma, toda uma nova dinâmica de mercado é estabelecida. 

 

“É claro que varia de pessoa para pessoa, mas os valores podem ser altos se você puder investir. Um teclado profissional, por exemplo, custa entre R$ 1.100,00 e R$ 1.800,00; já um mouse pode ser vendido por até R$ 700,00 e isso tudo sem falar do próprio computador”, aponta o jovem sobre os custos relacionados a modalidade.

 

 

Para o futuro

 

Conforme pesquisas levantadas pelo portal Newzoo, o mercado de games eletrônicos movimentou mais de 650 milhões de dólares somente em 2017. Para 2018, a previsão é de que os eSports arrecadem mais de 900 milhões de dólares. O valor deve quase duplicar em dois anos.  

 

Reprodução

Gamers ufmt

 Foto ilustrativa

Sob essa perspectiva, a atenção dos jovens tem sido despertada para a modalidade. “Com certeza é algo que eu gostaria de trabalhar. Caso surja oportunidade, eu quero ser organizador em comissão técnica ou qualquer outra coisa nesse sentido”, admite Gabriel.

 

Para o estudante, o fato da equipe ser convidada para competições nacionais como o Torneio Universitário de eSport (TUE) e os Jogos Universitários Brasileiros (JUBS) é motivação suficiente para continuarem. Gabriel comenta que, dependendo da modalidade, os torneios podem ofertar premiações de até R$ 100 mil. "É possível fazer disso tudo profissão, os eSports podem ser bem rentáveis", pontual o futuro cientista da computação. 

 

As competições nacionais têm levado cada vez mais times para campo, literalmente. Em 2015, por exemplo, o Campeonato Brasileiro de LOL foi realizado no Estádio do Palmeiras (Allianz Parque), em São Paulo. 

 

“As pessoas torcem para os times profissionais de eSports com a mesma paixão que se torce para os times de futebol. Acompanham os competidores favoritos em redes sociais e colecionam itens. É uma ‘fanbase’ consolidada”, finaliza o jovem.

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