Em assembleia realizada nesta quarta-feira (6), os investigadores da Polícia Civil e os servidores da Agência de Regulação dos Servidores Públicos Delegados do Estado (Ager) definiram por retornar aos seus postos de trabalho a partir desta quinta-feira (7), colocando fim à greve que já se estende por mais de um mês em todo o Estado.
Por meio de nota, os sindicatos confirmaram a suspensão da paralisação, mas ressaltaram que não estão satisfeitos com a proposta de pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) aprovada pela Assembleia Legislativa. (ALMT). Por isso, seguem com a busca pelo pagamento integral da recomposição, de 11,28% e a sua retroatividade.
A proposta aprovada está registrada no projeto de Lei 10.410, que estabelece o pagamento da revisão de 7,54% da RGA. O texto prevê também que a diferença para atingir os 11,28% referentes à inflação 2015 serão pagos em 2017, desde que seja cumprida a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Conforme o presidente do Fórum Sindical, James Jaudy, esta é a primeira vez que uma greve atinge todas as categorias do funcionalismo público, já que mesmo aquelas categorias que não pararam os trabalhos, participaram das reuniões e mobilizações.
“Na minha concepção a greve foi um sucesso, tanto pelo avanço quanto para o psicológico dos servidores, que sabem que têm força para lutar por seus direitos”, destaca.
James ressalta o êxito do movimento paredista, mencionando os avanços nas negociações entre as classes e o Estado, visto que em uma reunião realizada no dia cinco de maio, o governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que não iria conceder a RGA, pois estava no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Contudo, após as mobilizações e a greve, houve avanço nas negociações até o fechamento da atual proposta.
“Isso ainda não é o que a gente busca. Queremos a integralidade da recomposição. Se fosse retirado do projeto a condicional à LRF já representaria um avanço para nós. Algumas categorias que saíram da greve irão buscar a Justiça para que possam receber o valor total as recomposição”, afirmou.
Ainda segundo James, algo muito marcante nessa greve, além do volume de pessoas mobilizadas, foi a participação da Assembleia Legislativa, intervindo para que o impasse entre os funcionários e o governo fosse sanado.
“Quando que isso aconteceu? A Assembleia nunca interferiu em greve. O governo também não acreditava que tivéssemos condições de abarcar todas as categorias, o que deve ser assustado um pouco o Executivo”, ressaltou.
Com as duas categorias deixando o movimento paredista, seguem parados o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), o Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais da Carreira dos Profissionais de Desenvolvimento Econômico e Social (Sindes) e servidores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), que compõe o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Superior de Mato Grosso (Sintesmat).
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