Um acordo selado na manhã desta quinta-feira (11) fará o Hospital Santo Antonio, localizado em Sinop (500 quilômetros da Capital), voltar a prestar atendimento público por meio de convênio com o governo do Estado. Isso deve amenizar a situação para quem precisa do Sistema Único de Saúde (SUS) no município, especialmente às parturientes, pois o hospital particular era o único que realizava partos na cidade-pólo do Nortão, e o contrato havia acabado há pelo menos dois meses, apesar do atendimento só ter sido suspenso na segunda-feira (8).
A renovação do contrato com a Fundação de Saúde Comunitária de Sinop, cujo nome de fantasia é Hospital Santo Antônio, se deu por meio de um acordo pós-reunião com o vice-governador Carlos Fávaro (PP), o secretário de Saúde Marcos Bertúlio, e os representantes da unidade. O Santo Antônio também atendia pacientes de oncologia. O vice-governador justifica a demora em renovar o contrato.
“O desejo do governador é que pudéssemos fazer os pagamentos o quanto antes, mas existem trâmites jurídicos que precisam ser seguidos e isso pode fazer com que o processo demore um pouco, não sendo possível precisar datas”, completou, se referindo ao pagamento do hospital referente aos meses de abril e maio, que serão realizados “o mais breve possível”.
A situação andava difícil para os mais pobres da cidade, pois os partos ou eram realizados mediante pagamento ou via deslocamento a cidades da região, como Sorriso (420 quilômetros de Cuiabá), cujo hospital regional foi interditado esta semana.
A ida de Fávaro até lá teria sido ordem do governador Pedro Taques (PDT), para resolver a situação. O vice aproveitou para dizer que ninguém está sendo preterido e tudo é parte de uma “reformulação por meio da Secretaria de Estado de Saúde [SES]” em todos os contratos de saúde firmados com o governo.
A SES também anunciou que amanhã (12) irá inaugurar 10 leitos de UTI infantil e que pretende implantar uma maternidade no Hospital Regional de Sinop até julho. “Não é necessário construir, há espaço no hospital para essa instalação”, explicou, por telefone, a assessoria de comunicação da SES.
Titular da SES, Marcos Bertulio garantiu também que “esse novo modelo de contrato vai permitir a ampliação dos serviços no interior do Estado, fortalecendo a regionalização da Saúde”. Além do primeiro escalão do governo, fizeram parte da força-tarefa o secretário de Assuntos Estratégicos, Gustavo de Oliveira, a secretária-adjunta de Relações Políticas, Paola Reis, o deputado estadual Dilmar Dalbosco e os representantes do deputado federal Nilson Leitão. Da parte do hospital, participou o diretor geral em exercício, padre Karl Manfred Taller.
CORRIDA
Toda a atenção para Sinop veio do fato de que, desde a decisão de não mais atender o SUS sem contrato com o governo do Estado, na segunda-feira (8), as gestantes que procuravam a unidade estavam sendo encaminhadas ao Hospital Regional de Sorriso ou de Colíder, mas duas dessas mulheres tiveram que ser atendidas em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e outra no Hospital Regional de Sinop. Nenhuma das unidades tem estrutura adequada para realizar partos, informou o site regional www.sonoticias.com.br.
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