O tenente-coronel comandante do Batalhão de Emergências (BEA), Rafael Ribeiro Marcondes, alertou no HNT TV Entrevista que o uso do fogo para o manejo de áreas no campo pode sair do controle, promovendo incêndios de grandes proporções. No entanto, Rafael disse que os produtores estão mais conscientes e têm deixado de queimar áreas no período da estiagem, além de atuarem como 'fiscais' em parceria com o Corpo de Bombeiros.
"A grande parte da integração, cada vez mais a população, principalmente no setor, na zona rural, tem entendido essa importância do período proibitivo através de decreto porque a queimada, o uso do fogo no ambiente rural, ele é permitido em determinada época do ano. Nesse período em que a estiagem fica mais crítica, isso é proibido justamente porque essas queimadas podem se tornar grandes incêndios", falou o comandante.
PERÍODO PROIBITIVO
O período proibitivo está em vigência em Mato Grosso desde 1º de junho e segue até dezembro
O período proibitivo para queimadas está em vigência em Mato Grosso desde 1º de junho e segue até dezembro. A fase é marcada pela baixa ocorrência de chuvas, deixando o clima mais seco. Os componentes do solo, em algumas regiões, funcionam como uma espécie de 'combustível' para o fogo, contribuindo para a disseminação das chamas em rápida velocidade. Foi dessa forma que o Pantanal foi devastado em 2020
Por isso, o governo de MT construiu o diálogo com a União para o reforço do orçamento destinado a políticas de combate ao fogo. No total, MT investiu R$ 125 milhões entre equipamentos e reforço do efetivo. O trabalho conjunto dos estados de MT e Mato Grosso do Sul, criando um cinturão de reação mais fortalecido a emergência dessa natureza fez os índices baixarem.
QUEDA DE ÁREAS QUEIMADAS
O ICV aponta queda de 71% de áreas afetadas por incêndios florestais em MT
Dados do Instituto Centro de Vida (ICV), baseados na plataforma Amazon Fire Dashboard, da NASA, apontam que entre janeiro e agosto de 2025, houve uma redução de 71% nas áreas afetadas por incêndios florestais em MT, aproximadamente 859,5 mil hectares foram atingidos pelo fogo no estado, sendo que 1% dessa área corresponde ao Pantanal.
O comandante do BEA explicou que a alta do volume de chuvas no período de cheia em MT contribuí para a formação do cenário.
"Obviamente, a questão climática que a gente ia acompanhar dos anos anteriores, principalmente o 2024, houve uma melhora com relação ao índice de chuva, a questão das temperaturas, mas a gente ainda enfrenta um período de estiagem que vem de alguns anos", disse.
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