Poucos dias depois de ser alvo de críticas de católicos conservadores nas redes sociais, o arcebispo de Cuiabá, Dom Mário Antônio, esteve essa semana em Brasília (DF) ao lado da primeira-dama Janja Lula da Silva durante o lançamento do projeto-piloto “Cozinhas Solidárias Sustentáveis”, coordenado pela Cáritas Brasileira. Em Brasília, Dom Mário, que também é presidente da entidade, destacou o simbolismo do projeto que alia segurança alimentar, transição energética e justiça social.
“Arrisco aqui uma receita, três ingredientes principais: prato fundo de esperança, taça cheia de fé e uma xícara cheia de amor”, afirmou. O evento contou ainda com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, do ministro do Desenvolvimento Social, Welington Dias, do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, e de representantes da Itaipu Binacional e da Abiogás.
O projeto prevê a instalação de sete cozinhas solidárias em diferentes regiões do país, incorporando soluções de energia limpa, como biogás e energia solar, além de rodas de conversa sobre equidade de gênero e valorização do trabalho de cuidado, em sua maioria desempenhado por mulheres.
Durante a cerimônia, Janja destacou o caráter social da iniciativa: “Esse projeto vai muito além de produzir alimento. Ele quer produzir também uma reflexão sobre o papel da mulher na sociedade”, afirmou a primeira-dama. Ao unir sustentabilidade ambiental, inclusão social e fortalecimento comunitário, a iniciativa busca gerar metodologias que possam servir de base para novas políticas públicas no país.
A POLÊMICA
As críticas ao religioso surgiram após sua participação na Marcha dos Excluídos, realizada em 7 de setembro, quando gravou um vídeo convidando fiéis para o ato que teve como lema “Soberania e Democracia pela Casa Comum”. Nos comentários da publicação, parte dos seguidores questionou o envolvimento da Igreja em pautas consideradas políticas.
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