O ator e diretor do Casarão das Artes, Vini Hoffmann, disse ao HNT TV que o espaço no Pedra 90, em Cuiabá, já ficou três meses sem recursos em 2024, impossibilitando a continuidade de todas as atividades. Apenas os professores voluntários ficaram. Isso porque, por morarem o bairro, foi mais fácil conciliar a falta de pagamento. As oficinas de educadores que moravam no Centro foram suspensas.
"O professor de siriri e o de violão conseguiram ficar. Mas os que moram em outros bairros acabou ficando inviável para continuar desenvolvendo as atividades", explicou ao podcast.
Vini tem uma relação forte com o Pedra 90. Paranaense de nascença, se radicou cuiabano nas ruas do bairro que o acolheu, apresentou amigos e o ofício de ator. Foi ali no Casarão das Artes que ele aperfeiçoou o talento e hoje retribui com seu trabalho como diretor.
Conforme Vini, o estilo de trabalho do Casarão é complexo, vai além da sala de aula. Os alunos ganham uma bolsa-auxílio por presença. Os R$ 30,00 que são pagos por aula combatem a evasão em sala de aula e dá o apoio necessário para que eles possam ajudar em casa.
"Por ser um bairro grande e periférico, temos essa questão da insegurança alimentar. Então, vindo para o curso, eles têm uma forma de melhorar a condição das suas famílias", falou.
Por isso, o recurso é essencial para o projeto. Quando os recursos acabaram, a bolsa dos estudantes também foi cortada. "Não é que eles irão faltar, esse não é o problema. A questão é saber que eles querem estar aqui com a gente, mas que não estão sendo assistidos como precisam e que, às vezes, até estão passando necessidade em casa", pontuou.
Acessar os empresários é o mais difícil. Vini detalhou que há uma cadeia de pessoas até chegar nos CEOs, dificultando que eles conheçam a essência do Casarão. "Esse primeiro contato é o mais difícil. Quando conseguimos chegar na pessoa, já facilita a nossa captação", disse.
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