Pelo menos R$ 7 milhões destinados pelo Ministério da Saúde ao Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Correia (Cridac), foram “confiscados” pelo governo Estado em 2013 e até o momento não foram repassados para a entidade.
Os recursos são referentes a convênios do Cridac com o governo federal e são preponderantes para o funcionamento da instituição que cuida de pacientes com dificuldades motoras.
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A alegação do parlamentar foi confirmada pela diretora do Cridac, Lúcia Maria Provenzano, ao admitir à reportagem que “até o momento, de executado seria em torno disso aí”.
Ela ponderou que “tem coisa empenhada e que pode ser executada nesses próximos dois meses do ano”, ou seja, o que o governo estadual deixou de repassar em dez meses (R$ 7 milhões), regularizaria em menos de dois.
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A diretora da entidade reforçou ainda que o Cridac apenas “produz e os recursos vêm do Ministério da Saúde e caem numa conta da Secretaria de Estado de Saúde, num fundo estadual e todas as demandas nossas são encaminhadas ao secretário de Estado de Saúde”.
SECRETÁRIO
O novo secretário de Saúde do Estado, Jorge Lafetá, empossado nomeado há menos de dez dias, admitiu ter conhecimento do problema e que já fez uma visita in loco ao Cridac, situada na rua Joaquim Murtinho na Capital.
“Sobre essa questão de repasses não posso dizer nada agora, preciso de dados concretos e já os solicitei, inclusive, mas mesmo ainda não tendo esses dados em mãos, já estamos liberando recursos da ordem de sete milhões para sejam feitas as adequações e reforma do Cridac”, afirmou Lafetá ao HiperNotícias.
Ele argumenta que partiu do governador a ordem para resolver as demandas do Centro de Reabilitação. Aliás, uma ordem que em 10 meses não foi dada ao antecessor de Lafetá, Mauri Rodrigues.
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“Não posso responder porque eu não estava à frente da pasta. Só sei dizer que eu peguei todos os processos, chamei todos os envolvidos nesses processos e despachamos até de madrugada para que as coisas fossem executadas”, apontou Lafetá.
O secretário não precisou a data para a efetivação do repasse ao Cridac, mas garantiu que será de imediato, inclusive “quem ganhou para a executar a obra (de reforma) já está sabendo”. A oficina ortopédica, como isso, conforme ele “ em breve será reaberta”.
No mês passado, a equipe técnica da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, liderada pelo deputado Antonio Azambuja, constatou in loco as deficiências do espaço físico do Cridac. As informações compuseram um relatório , cuja cópia foi encaminhada ao secretário de Saúde.
“Vamos fazer uma ação para que, a partir de agora, não falte nada a essas unidades como o Cridac, vamos trabalhar para que seja feito um planejamento anual”, prometeu Lafetá que é médico cardiologista e que já integrava os quadros da SES.
Antonielle Costa/VG Notícias |
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Secretário de Saúde Jorge Lafetá afirma que não pode falar sobre assunto porque solicitou informações para se informar |
Agora, ele pretende começar a resolver os gargalos da pasta, promovendo a aproximação da Secretaria com os usuários do Serviço Único de Saúde e com os servidores públicos da pasta.
Logo em seu primeiro dia de trabalho, o novo secretário já despachou diretamente de algumas entidades, como Hospital Adauto Botelho e Cermac (Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidades de Mato Grosso), esse último já está inclusive com sua reforma em andamento, determinada pelo novo secretário.
A INSTITUIÇÃO
O Cridac é uma unidade da Secretaria de Estado de Saúde e já existe há 35 anos e oferece serviços de média e alta complexidades na atenção à saúde da pessoa com deficiência, estando organizado nas clínicas de neurologia adulto, neurologia infantil, saúde da mulher, na atenção ao amputado, a saúde auditiva, na concessão de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção e no serviço de ortopedia.
Desenvolve suas ações integradas em fonoaudiologia, hidroterapia, terapia ocupacional, psicopedagogia, psicologia, arteterapia, nutrição, enfermagem e área médica.
Mensalmente, o Centro realiza de 600 a 700 atendimentos, em sete especialidades. São 230 servidores, entre eles fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais.
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Carlos Nunes 14/11/2013
Isso todo mundo já sabe a resposta: Saúde não é prioridade; prioridade número 1 do governo é Copa 2014. Então retirar dinheiro de uma entidade assistencial de Saúde só deve ser porque faltou dinheiro para terminar a Arena Pantanal. O Luciano do Valle, no intervalo de uma partida, comentou que a FIFA determinou (ela manda, ordena) que os Estádios tenham um equipamento de geração e distribuição de energia, que custa MILHÕES, porque os Estádios não podem ficar UM SEGUNDO sem luz. Aqui, em Cuiabá, um criança, um idoso, não podiam ficar UM SEGUNDO sem uma UTI, e não havia vagas. Até a avó da Deputada Luciene faleceu porque não tinha vaga na UTI. Então Copa 2014 é mais importante do que a Saúde, porque a FIFA manda. Senão os idiotas vão levar pontapé na b...se não cumprirem o cronograma - foi isso que o Secretário da FIFA disse em cadeia nacional. Cuidado que a botina, já está preparada. Qual foi o idiota que tornou o futebol a prioridade nacional? Por que não tornou a Saúde? Copa 2014 é só um circo passageiro mais caro do mundo.
José Bonifácio 11/11/2013
Que vergonha para Mato Grosso!
Cicero 11/11/2013
O secretário de saúde somente sabe que não sabe de nada e para isso precisa se informar para poder prestar as informações. É bem Mato Grosso ...
3 comentários