Depois de 16 anos, a justiça absolve o único réu do caso que ficou conhecido como chacina do "Beco do Candeeiro", ocorrido em Cuiabá. O julgamento aconteceu na quarta-feira (17), no Fórum de Cuiabá, com decisão proferida pela juíza de Direito e presidente do Tribunal de Júri, Mônica Catarina Perri Siqueira.
O acusado, policial aposentado, Adeir de Souza Guedes Filho, foi absolvido da acusação de ter executado três jovens, Adileu Santos, Edgar Rodrigues de Arruda e Reginaldo Dias Magalhães, tentado contra a vida de Edilson Alves Ferreira Junior.
O crime aconteceu em 10 de junho de 1998, quando três jovens foram assassinados a tiros. O episódio ganhou repercussão nacional e conforme denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, os jovens foram caçados e executados por tiro de pistola quando encontravam-se no Beco do Candeeiro.
Adeir responde a diversos crimes, sendo condenado em dois casos, uma tentativa de assassinato ocorrida no município de Poconé e um assassinato em Rondonópolis, mas vive solto, na condicional, devido as apelações que move na justiça em relação às respectivas decisões.
MOROSIDADE
“O culpado da morte dessas crianças é o judiciário, pela lentidão da justiça em tratar o caso”, destacou Heitor Geraldo Reyes, presidente da Associação de Famílias Vítimas de Violência (AFVV), que acompanhou o julgamento.
Segundo Heitor, a justiça foi falha, uma vez que testemunhas não foram ouvidas no processo. “O rapaz que escapou da chacina reconheceu Adeir de Souza Guedes Filho quatro vezes, sendo três delas em juízo e uma no Tribunal de Júri. Mas, por ser usuário de drogas acabou não sendo validada a afirmação”, afirmou.
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