O jovem Dimitry Fernandes Kalinowski, idade não divulgada, que mora em Cuiabá, tornou-se o primeiro piloto de automobilismo do Brasil diagnosticado com Transtorno de Espectro Autista (TEA). A confirmação veio depois que o rapaz se credenciou na Federação de Automobilismo do Estado de Mato Grosso (FAEMAT).
Dimy conta que conheceu o automobilismo quando tinha 4 anos enquanto assistia vídeos na internet e televisão. Um ano depois, os familiares do rapaz o levaram para assistir uma corrida do Copa Truck e para andar de kart em Joinville em Santa Catarina.
Ele aprendeu a dirigir aos 8 anos com o pai quando morava em Sinop ( a 478 km de Cuiabá).
"Quando corri de kart pela primeira vez eu decidi que queria ser piloto. Depois passei a correr de mini buggy nos verões num oval de terra numa praia", afirmou Dimy.
A mãe, Branca Fernandes, contou que o filho foi diagnosticado com Aspenger aos 15 anos. Com passar do tempo, Branca notou que o filho era hiperfocado em automobilismo e que essa era a paixão dele.
O hiperfoco é uma forma intensa de concentração em um mesmo assunto, tópico ou tarefa, que é bastante frequente em pessoas com TEA. Neste ano, Dimy decidiu se credenciar na FAEMAT e recebeu a confirmação de que era o primeiro autista laudado a ser piloto de automobilismo.
"Sinto-me como um pioneiro. A esmagadora maioria dos autistas não dirige, então sinto-me um pioneiro em muitos sentidos. Quando eu como autista faço o que faço diante de todos, mostro as capacidades de pessoas com autismo, eu assim mostro que autistas podem fazer muito", afirmou Dimy.
Além da habilidade na direção, Dimy também tem facilidade para aprender outros idiomas. Além do português, o jovem consegue falar em inglês, polônes, japonês e francês.
"Meu filho é incrível, é excepcional. Ele é o pioneiro e ele assumindo que é autista e dessa forma é incrível. Faz com que os outros autistas sintam que possam ir atrás do que desejam também", disse Branca.
No último fim de semana, Dimy participou de uma corrida em Várzea Grande e ficou em 5° lugar. Após a premiação, o piloto afirmou que sonha em participar da corrida Quinhentas Milhas de Indianápolis.
Dificuldades
Dimy conta que apesar da habilidade como piloto, ele tem algumas dificuldades motoras. "Um exemplo porque tenho dificuldade motora, não consigo andar de patins, skate, escrevo devagar, minha letra é um garrancho (mas legível) e há quem diga que não consigo dirigir mesmo hoje, mas mesmo assim sou piloto", ressaltou ele.
A mãe de Dimy relatou que sociedade tem a percepção de que o autista adulto não precisa receber ajuda. Branca ressaltou que quando os jovens autistas se tornam adultos dificilmente conseguem atendimento médico adequado ou suporte.
"A gente não encontra mais adaptação. Ficamos sem amparo e as necessidades de um autista adulto são diferentes de um autista criança, então o fato do Dimy ter a habilidade de pilotar não significa que as outras dificuldades dele tenham desaparecido. Ele continua precisando de apoio, de assistência e assim é com outros autistas também. Posso dizer como mãe de um autista adulto que eu sofro duas vezes", pontuou.
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Bruno 13/11/2021
Se ele é autista eu sou o homem aranha. A quem pensa que engana? Seu suposto autismo é leve demais. Meu sobrinho é autista e é quase um ser vegetativo. Pare com essa propaganda, está ridículo
IVONKE 11/09/2021
Aripã, orgulhe-se, teu filho é a tua imagem. Embora a reportagem coloca a branca como uma super mãe e que faz de tudo, perceba que ela necessita do narcisismo. A branca pode ter lhe isolado de teus filhos, lhe tirado tudo, mas uma coisa é certa, a herança genética e esta paixão por carros que teu filho herdou de você ela jamais conseguirá tirar de ti. Mas não te preocupe, a verdade sempre aparece. A justiça divina jamais falha. Confie em Deus.
Rose Peralta 05/09/2021
Apaixonante a dedicação do Dany! Entendo perfeitamente o relato de experiência de vida da mãe do Dany! Sucesso Piloto! Vc tem muito a conquistar!
Aripã Maurício Kalinowski 05/09/2021
Para inicio de conversa Dimitry não é e nunca foi cuiabano, apenas mora em Cuiabá. Sua naturalidade é curitibano. Esta fama toda foi garantida com recursos da venda de uma casa no Paraná que pertencia à sua avó paterna que sequer é lembrada. Muito me entristeve observar que em lugar de ir em busca de patrocínio atraves de projetos esportivos sua mãe prefere se exibir em reportagens expondo-o a uma fama efêmera. Que pena. Um talento desperdiçado.
4 comentários