O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) suspendeu o exercício profissional do médico Bruno Gemilaki, denunciado de participação nos homicídios dos idosos `Pilson Pereira da Cruz, de 81, anos e Rui Luiz Bogo, de 69 anos, e das tentativas de homicídio contra Enerci Lavall, o 'Polaco', e o padre José Roberto Domingos, praticados em 21 de abril deste ano, em Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá). A decisão foi tomada de forma unânime pelos conselheiros da autarquia, nesta terça-feira (21).
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Por meio de nota, o CRM explicou que a decisão foi tomada a partir da análise da conduta de Gemilaki na participação do duplo homicídio e em relação à sua omissão de socorro às vítimas. Apontou também que o envolvimento do médico no crime resulta em dano irreparável ou de difícil reparação ao prestígio da profissão.
“Por unanimidade, os conselheiros aprovaram a interdição cautelar total do exercício profissional do médico por entenderem que o seu envolvimento nos crimes que ocorreram em Peixoto de Azevedo resulta em fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao prestígio e bom conceito da profissão médica, circunstância que autoriza a aplicação da interdição cautelar, conforme prevê o art.. 30 do Código de Processo Ético-Profissional. A análise do caso por parte dos conselheiros observou tanto a ação de Bruno, apontado pelo Ministério Público como um dos autores dos crimes, quanto sua omissão ao não prestar socorro às vítimas”, diz trecho do pronunciamento.
A suspensão do exercício profissional de Gemilaki passará a valer imediatamente depois que o Conselho Federal de Medicina referendar a decisão da autarquia mato-grossense.
O CASO
Bruno Gemilaki foi até a casa de Enerci Lavall acompanhado da mãe, Inês Gemilaki, e do irmão de seu padrasto, Eder Gonçalves, na tarde de 21 de abril. Lá, Inês atirou diversas vezes e acabou matando Rui Luiz Bogo e Pilson Pereira da Cruz.
A família, que era inquilina de Enerci Lavall, alega que estava sendo ameaçada por ele por terem deixado avarias e um aluguel atrasado no imóvel onde o crime ocorreu.
O caso foi levado à Justiça por Enerci e pela esposa dele, Raquel Soares, mas a decisão foi favorável aos Gemilaki. No entanto, as cobranças teriam prosseguido até culminarem no crime.
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