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Cidades Terça-feira, 31 de Março de 2020, 15:53 - A | A

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Terça-feira, 31 de Março de 2020, 15h:53 - A | A

ENFERMEIROS EXPOSTOS

Coren notifica Pronto-Socorro e aponta risco de contaminação em massa

REDAÇÃO

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) notificou nesta segunda (30) e na última sexta-feira (27) o Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, a Unidade de Saúde da Família Serra Dourada e o Hospital Regional Irmã Elza Giovanelli por descumprirem medidas de proteção ao profissional da enfermagem contra a Covid-19. A entidade acendeu o alerta para risco de contágio em massa dos profissionais no estado.

Luiz Alves

Pronto Socorro de Cuiabá PSMC

 

Algumas unidades foram advertidas por manterem na linha de frente do atendimento pessoas com mais de 60 anos, grávidas e portadores de doenças crônicas, classificados no grupo de risco.

O conselho exige o imediato afastamento destes funcionários e alerta para o risco de contaminação em massa dos profissionais da enfermagem no Estado caso não sejam tomadas medidas urgentes para melhorar a infraestrutura da rede pública de saúde.

Além das unidades de saúde já notificadas, a situação também é grave no Pronto-Socorro de Várzea Grande, uma das instituições determinadas como sendo de referência para o atendimento aos pacientes da Covid-19.

Entre as determinações estão melhorias na infraestrutura das unidades, no treinamento e organização das equipes e ações de proteção à saúde do trabalhador, entre elas o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) e o afastamento dos profissionais que estão no grupo de risco.

O relatório também foi encaminhado ao Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE-nCoV), da Secretaria de Estado de Saúde.

Segundo o Coren-MT, a quantidade de profissionais do grupo de risco que continuam em atividade é grande. Em instituições públicas e privadas, a fiscalização identificou funcionários com doenças crônicas, gestantes, com idade acima de 60 e até acima de 80 anos.

Há lentidão e recusa dos empregadores em realizar os afastamentos, além de pressões sobre os trabalhadores para que não solicitem este benefício. Em um dos casos, segundo denúncia, a pressão incluía ameaça de cortes no salário.

Desde a última semana, quando deu início ao atendimento via aplicativo Whatsapp, o Coren-MT atendeu a mais de 30 chamadas relacionadas à pandemia do coronavírus, entre as quais 16 denunciavam a falta ou insuficiência de EPIs.

Também há reclamações sobre treinamento precário das equipes para se protegerem e para atenderem aos pacientes, desorganização das rotinas de trabalho, ausência de dimensionamento de pessoal, déficit de recursos humanos, desinformação e problemas de infraestrutura.

Faltam itens básicos, como pias para lavagem de mãos, sabão e álcool a 70% e há problemas como goteiras, infiltrações e quantidade insuficiente de equipamentos adequados para atender aos pacientes da Covid-19.

Devido à falta de EPIs, em algumas das instituições vistoriadas a estratégia foi adotar o racionamento dos equipamentos, principalmente das máscaras N95, indicadas para trabalhadores expostos a pacientes contaminados ou suspeitos.  

O Coren-MT aponta a negligência das administrações em relação à saúde dos trabalhadores e cobra a preparação e apoio às equipes de enfermagem, que enfrentam pela primeira vez a realidade de uma pandemia.

O conselho exigiu das unidades a readequação dos critérios de distribuição dos equipamentos de proteção e está monitorando as entregas dos EPIs pelas prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande.

A fiscalização segue até o final do mês em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Barra do Garças, Rondonópolis de Tangará da Serra. Também estão sendo feitos levantamentos junto a mais de 600 enfermeiros que atuam como Responsáveis Técnicos no Estado.

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