Concurso para peritos criminais deve pensar na expansão da Politec, alerta sindicato

O quadro de servidores da Perícia Oficial de Identificação técnica (Politec) de Mato Grosso possui 276 vagas, quase todas preenchidas, apesar do número o quadro de servidores apresenta um déficit diante da expansão das cidades no Estado. O governador Mauro Mendes (DEM) anunciou a realização de concurso público na área da Segurança Pública ainda neste ano, mas não informou o número de vagas para categoria.

Divulgação

 

O concurso além de recompor o quadro de falecimentos e aposentadorias, deve considerar a expansão dos serviços da Perícia Oficial. No caso dos peritos criminais, a lei da carreira 8.321, de 2005 estabeleceu 276 vagas, quase todas preenchidas. Contudo, com o crescimento do estado, há a necessidade de mais servidores na área e mais gerências da Politec no interior. É preciso rever esse número.

“Nos últimos anos a demanda pericial tanto das Polícias Civil e Militar, quanto do Ministério Público e Poder Judiciário aumentaram muito. Hoje a prova pericial é muito importante, então os peritos são muito demandados. É preciso recompor os quadros e principalmente abrir novos polos, como em Nova Mutum que já está em andamento e será de extrema relevância pra população local”, avalia o presidente do Sindicato dos Peritos Criminais Oficiais de Mato Grosso, Antônio Magalhães.

Conforme o presidente, há casos em que os peritos demoram horas para chegar aos locais de crime, pela distância de até 400 km da sede da Politec mais próxima e alguns municípios tiveram grande crescimento desde 2005 (data da lei que definiu o número de cargos para peritos criminais), o que elevou a demanda de perícias muito acima do número de contratações até aqui.

Quais as formações exigidas para perícia?

A Lei 8.321/2005 exige que para ser perito criminal o candidato de ter formação em nível superior em Física, Química, Biologia, Engenharias, Farmácia, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Matemática, Arquitetura, Geologia, Direito, Economia, Administração, Ciências Contábeis, Ciências da Computação, Informática e Biomedicina.

Os aprovados, dependendo da formação, vão atuar em locais de crime que deixam vestígios (homicídio, crimes patrimoniais, acidentes de trânsito com vítima), documentos cópia (exames grafotécnicos, mecanográficos etc.), engenharia legal (incêndio, furto de energia elétrica, de água, sinal de satélite etc.), balística (microcomparação em projéteis e cápsulas de espoletamento do estojo-cartucho deflagrado-, eficiencia de armas de fogo, etc), crimes contra o meio ambiente, identificação de veículos, computação e contabilidade forense, identificação humana, dentre outros.

“A perícia criminal é uma carreira empolgante, que demanda um equilíbrio entre aplicação da ciência e senso de justiça. Mato Grosso tem hoje peritos reconhecidos no Brasil todo, uma carreira das mais bem estruturadas, com autonomia, plano de carreira consolidado e precisamos de mais pessoas qualificadas para continuar desenvolvendo um bom trabalho”.

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