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Cidades Terça-feira, 29 de Novembro de 2011, 10:00 - A | A

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Terça-feira, 29 de Novembro de 2011, 10h:00 - A | A

ATO PÚBLICO

Comitê em Defesa da Saúde faz apelo ao governador para impedir contrato com OSS

Além das reivindicações, ativistas que atuam em defesa da saúde apresentam depoimentos de pacientes que foram tratados no Hospital Metropolitano

ALIANA CAMARGO
[email protected]

Reunindo 20 organizações de iniciativa popular o Comitê em Defesa da Saúde Pública em Mato Grosso fará um apelo na manhã desta terça-feira (29) no Palácio Paiaguás, para que o governador Silval Barbosa freie a parceria com Organizações Sociais de Saúde (OSS), medida que está sendo adotada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

O ato público em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e de qualidade quer demonstrar que a parceria com as OSS não é o caminho. De acordo com o movimento, o governador Silval Barbosa e o secretário de Saúde Pedro Henry são pais da OSS.

O professor de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso, Reginaldo Araújo disse que o Hospital Metropolitano perde a sua lógica de atendimento quando passa a ser gerenciado por uma organização privada.

“O PS de Cuiabá recebe a tabela SUS, mas o Metropolitano recebe três vezes mais o valor da tabela SUS. Isso é um modelo que transforma saúde e doença em mercadoria”, declarou o ativista.

Imagem da Internet

Ativistas e conselheiros de saúde se reunem desde março deste ano e se posicionam contrários à parceria com OSS

De acordo com o Reginaldo Araújo, o secretário Pedro Henry insiste em colocar em prática um modelo que não é coerente com a saúde pública e de qualidade, “ele acredita que vai transformar a realidade”.

Na pauta da reivindicações que será apresentado ao governador Silval Barbosa estãõa a não estadualização do Pronto-Socorro de Cuiabá, a posição contrária as parcerias com OSS, a conclusão do Hospital Central, que está há 25 anos à espera de conclusão, condições de trabalho para quem está no setor público da saúde e ainda depoimentos de pacientes que passaram pelo Hospital Metropolitano.

DEPOIMENTO

Um dos exemplos que será levado ao Palácio Paiaguás para denunciar as deficiências no procedimento adotado pelo Metropolitano é da estudante de Educação Artística da UFMT Genecília Lacerda.

Genecília relata em carta que entrou no Metropolitano para realizar a cirurgia na vesícula no dia 19 de setembro e que lá conheceu Dona Vanildes que faria cirurgia de hérnia.

No dia 20 de setembro as duas realizaram procedimento cirúrgico e retornaram para mesma enfermaria. De acordo com Genecília, Dona Vanildes não se sentia bem após a cirurgia.

Embora o quadro ser visível de que Vanildes não estava bem, as duas foram liberadas no dia seguinte da cirurgia, porém sem nenhuma visita médica que desse a alta, como procedimento padrão.

Genecília termina o seu relato demonstrando como se deu a liberação das duas pacientes do Metropolitano.

“Dei um abraço, trocamos telefone e nos despedimos. Foi a última vez que a vi. Eu e Vanildes fomos operadas no dia 20.09.2011 e no dia 21.09.2011, de manhã, fomos despejadas do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, sem nenhuma avaliação médica.  E no dia 22.09.2011, Vanildes amanheceu morta em sua residência, com sangue escorrido pela boca. A causa da morte: hemorragia interna”.

A estudante de Educação Artística compôs uma música e postou na internet como forma de protestar o descaso em que ela e sua colega de quarto foram tratadas. Clique aqui para assistir.

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