Os efeitos da crise econômica nacional devem refletir no consumo dos brasileiros durante a comemoração do ‘Dia dos Namorados’. O aumento dos índices de desemprego e a diminuição do poder de compra apontam para um recuo no consumo. O momento é de cautela na hora de gastar.
Marcos Lopes/HiperNotícias
Comércio espera melhora nas vendas com o Dia dos Namorados, mas ainda registra perdas em comparação com o ano passado
Dados de uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelam que 57,4% das pessoas pretendem presentear alguém no dia 12 de junho. A média dos gastos, no entanto, deve cair de R$ 150,82 (valor registrado em 2015) para R$ 137,48.
Em Cuiabá essa realidade não é diferente. Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Célio Fernandes diz que alguns setores do comércio devem ter aumento de até 30% das vendas nesse período. Porém, em comparação com o mesmo período do ano passado, a perspectiva é que as vendas ainda serão 8% menores.
Aos comerciantes Fernandes alerta: é hora de conquistar o consumidor que possui a intenção de presentear o parceiro ou a parceira neste ano. Para isso, bom atendimento e vantagens ao consumidor devem estar nas estratégias da empresa. “É melhor vender baixo nessa época de crise do que não vender nada”, avalia.
Cuidados
Em épocas comemorativas, como o Dia dos Namorados, a tendência para o endividamento cresce. Os consumidores sofrem do que a economista e consultora empresarial Edijeide Freitas chama de “síndrome do consumismo”. Em entrevista ao HiperNotícias, ela também faz um alerta: é preciso evitar a compra por impulso.
“Antes de sair de casa para qualquer compra, a pessoa precisa sentar e ver como está o orçamento pessoal e familiar, pois dinheiro geralmente nunca está sobrando”, lembra.
Uma dica dada pela profissional é comprar algo mais em conta para mostrar para a pessoa amada que você não se esqueceu dela e que a ama. Pode inclusive, utilizar o cartão de crédito que é tão temido, desde que seja usado de forma racional. E, principalmente, manter atenção à qualidade do produto.
“Hoje os produtos estão cada vez mais frágeis justamente para que a pessoa seja induzida a comprar novamente”, afirma.
Tendência
Diante da crise, alguns setores do comércio decidiram investir na publicidade para chamar a clientela no Dia dos Namorados. A aposta dos comerciantes está na sessão de roupas, que lidera com 34,3% a lista de principais presentes para a data. No ano passado, o setor tinha 46,5% das intenções de compra.
Em segundo lugar aparecem os perfumes e cosméticos (24,9% contra 22,2% em 2015), seguidos pelos calçados (12,5% contra 22,2% ano passado), jantares (11,3% frente a 8,1% em 2015) e chocolates (8,8% contra 7,2% em 2015).
Acessórios como cintos, bijuterias, óculos e relógios, por exemplo, que estavam em quarto lugar no ranking dos presentes mais procurados do ano passado (10,3%), caíram para o nono lugar da lista deste ano, com apenas 6,4% de menções.
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