O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), João Custódio da Silva, declara que a saúde dos trabalhadores da educação é uma das principais reivindicações da greve de professores, que se iniciará na próxima segunda-feira (01). As más condições e sobrecarga de trabalho tem debilitado os profissionais.
Segundo a liderança, o quadro de professores do município conta com cerca de 1.200 professores fora das salas de aula, sob licenças médicas. O presidente avalia a situação como preocupante, uma vez que, comparado ao número total de servidores (efetivos e contratados), cerca de 9.400, os licenciados representam mais de 12%.
Reivindicações
Em assembleia realizada na última quarta-feira (26), o sindicato decidiu pela greve por tempo indeterminado para o dia 01 de outubro. Dentre algumas das reivindicações estão: a manutenção dos salários por meio do ganho real, estipulado em 4%; a homologação da lei orgânica do município, que está finalizada desde 2017 e a abertura de concursos públicos na área da educação.
“Outro ponto importante é a questão da infraestrutura, as unidades de educação precisam ser reformadas e climatizadas”, afirma o presidente do Sintep.
A liderança declarou que já havia sido realizada uma reunião anterior com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB). Todavia, como o gestor propôs reajuste salarial apenas para os profissionais efetivos em exercício, a proposta não resultou em nenhuma medida que contemplasse a categoria como um todo.
“Já havíamos dialogado, mas o que recebemos como resposta não solucionava a classe dos trabalhadores da educação de maneira integrada”, finaliza Silva.
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