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Cidades Domingo, 06 de Agosto de 2023, 15:16 - A | A

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ORGULHOS DO ESTADO

Atletas de MT se empenham nos treinos de olho em vagas nas Olimpíadas de Paris

Próxima edição do maior evento esportivo do mundo será realizada entre os dias 26 de julho e 11 de agosto de 2024

VINÍCIUS REIS
Da Redação

A próxima edição dos Jogos Olímpicos acontecerá em Paris, na França, entre os dias 26 de julho e 11 de agosto de 2024. A menos de um ano para a abertura das competições, os atletas de Mato Grosso estão com seus treinos a todo vapor, de olho em uma vaga na competição. Atualmente, a delegação brasileira conta com 46 vagas garantidas, sendo 34 femininas e 12 masculinas. No Estado, entretanto, ainda não há um nome completamente definido, o que não dismobiliza a força de vontade dos desportistas locais em participar do evento mundial. 

A “mato-grossense de coração” Isadora Lopes de Souza, de 26 anos, é uma das esportistas que já está com o passaporte praticamente carimbado para a capital francesa. Natural de Londrina, no Paraná, ela é integrante da Seleção Brasileira Feminina de Rugby Sevens, que garantiu lugar na disputa, depois de vencer o Campeonato Sul-Americano, ocorrido na cidade de Montevidéu, no Uruguai, em 18 de junho deste ano. Foi o 21º título invicto em 21 participações das Yaras, apelido dado ao grupo que remete à coragem da personagem mitológica tupi-guarani, filha de Pajé, e à coletividade das mulheres na modalidade, na competição.  

“Colhendo e desfrutando todo nosso trabalho do dia a dia ... mostrando o quanto cada gota de suor vale à pena. Qualquer pessoa pode almejar comprar alguma coisa, juntar dinheiro e obter ... Ser campeão sul-americano não é qualquer um que pode ser, você tem que conquistar isso e fazer acontecer, é uma satisfação enorme estar com vocês e ser campeã com vocês, ninguém pode comprar isso. Sentimento explicável” #paris2024 #campeão #campeones #campeaosulamericano #roadtoparis2024 #timebrasil #brasil #rugby, disse em um post nas redes sociais, celebrando a vitória no Estádio Charruá.

O Cômite Olímpico Brasileiro (COB) esclareceu ao HNT que já existem dois nomes definidos para compor o grupo, um de Ubatuba (SP) e outro de Porto Alegre (RS). As outras demais 44 das 46 vagas asseguradas ao país ainda estão vagas. "São do país e cada Confederação irá definir os representantes".

Outro atleta que também está com presença praticamente confirmada em Paris é Almir Cunha dos Santos, praticante de salto triplo masculino, que já participou dos Jogos de Tóquio, em 2021. O desportista de 29 anos, natural de Matupá (a 682 km de Cuiabá), alcançou o índice olímpico de 17,24 m no dia 28 de julho deste ano, durante os Jogos Sul-Americanos, em São Paulo. A marca garantiu a participação do atleta, que começou na modalidade em 2017, no Mundial de Atletismo deste ano, em Budapeste, na Hungria.  

A respeito do atletismo, o COB pontua que, muito provavelmente, os índices obtidos pelos atletas da modalidade farão com que eles consigam ir aos Jogos de Paris. “Contudo, há uma limitação de atletas por prova e, por isso, pode ser que alguém que conseguiu o índice tenha que fica de fora (bem difícil)”, ressalvou.

“Estou muito feliz de ter sido campeão e de ter carimbado o meu passaporte para Paris 2024. Tive que dar uns passos atrás recentemente, recuperar de uma lesão, aprender a trocar de perna para saltar e conquistar um resultado como essa marca, acima dos 17 metros, ainda no processo, só me mostra que estou no caminho certo. Agora é me preparar para o Mundial, depois Jogos Pan-americanos e ir para cima em busca de mais resultados”, disse Almir dos Santos à imprensa na época da conquista do índice.  

EM BUSCA DA CLASSIFICAÇÃO

Nascido em Rondonópolis (a 217km de Cuiabá), Guilherme Barros de Arruda Porto, de 20 anos, tem o desejo de representar o Brasil no 'wrestling', também chamado de luta greco-romana. O atleta e estudante de Jornalismo contou ao HNT que sempre teve paixão por esportes, tendo começado a praticá-los desde que “começou a andar”. Até chegar à luta greco-romana, o esportista passou por karatê, judô e jiu-jitsu e afirma que, ultimamente, vem procurando se aprimorar em todas estas áreas.  

Praticante desta espécie de luta desde os 12 anos, atualmente o atleta treina com o cubano Nisdany Perez, técnico da seleção brasileira, e com a família Fernandes - treinadores. O clã, pioneiro do wrestling, do jiu-jitsu e do MMA em Mato Grosso, é composto pelo pai Francisco José (Mestre Chicão) e pelos filhos Francisco Júnior (Chiquinho) e Luzia.

“Trabalho integralmente para melhorar meu rendimento, executando de dois a três treinos por dia, de segunda a segunda. Fui campeão pan-americano sub-20 de wrestling em 2022. Também fui o primeiro atleta em 39 anos de história no Brasil a ficar em 7° no mundial sub-20, disputado em Sofia, Bulgária, em 2022“, relatou orgulhoso sobre alguns dos seus feitos.

Em 2017, o HNT noticiou a ida do lutador, à época com 14 anos, ao Rio de Janeiro para treinar para os Jogos Sul-Americanos da Juventude, no Chile. A preparação serviu de seletiva para os Jogos Olímpicos da Juventude, na Argentina, em 2018.

LEIA MAIS: Atleta mato-grossense participa de sul-americano de luta greco-romana

Ao ser perguntando sobre a importância da convocação para as Olimpíadas, que podem ser as primeiras a nível adulto da sua carreira, o esportista descreveu a possibilidade como um sonho para ele e toda sua família, recordando que seu principal objetivo, desde a infância, era defender o Estado e o país na competição esportiva mais famosa do mundo.

“Amo representar Cuiabá, pois foi a cidade que me formou como lutador. Estudei nos melhores colégios graças ao esporte, com bolsa integral. Conheci muitos países e me tornei referência para jovens promessas do esporte, fazendo a diferença e mostrando que é possível brilhar na luta mais antiga da humanidade!”, enfatizou o atleta de descendência indígena, que também faz questão de destacar a presença da luta tradicional huka-huka [arte marcial indígena] em seu sangue e do seu parceiro de equipe, próximo personagem desta matéria: Igor Fernando Alves de Queiroz.

FILHO DE CUIABÁ

Quinto lugar no mundial sub-23 em sua modalidade, melhor resultado masculino em mundiais, o filho do bairro Tijucal, em Cuiabá, de 21 anos, também começou a se apaixonar cedo pelos esportes, aos 8 anos de idade. Com 13 anos, deu início à luta greco-romana e, desde então, vem colecionando diversos títulos na carreira.

Além do destaque no mundial sub-23 no ano passado, em Pontevedra, na Espanha, chamam atenção as 17 vezes que venceu o campeonato brasileiro de luta greco-romana e o bicampeonato pan-americano. A segunda vitória no campeonato pan-americano, inclusive, foi notícia no HNT.

LEIA MAIS: Cuiabano se torna bicampeão pan-americano de luta greco-romana

Para concorrer à vaga nas Olimpíadas de Paris, que pode ser o primeiro ciclo olímpico de seleção adulta da sua trajetória, o lutador e estudante dos cursos de Direito e de Educação Física, conta com o apoio de um importante grupo.

“Nesse ciclo de 2024, eu venho tendo o apoio de uma equipe multidisciplinar completa, tudo isso só é possível graças à parceria com o Time Brasil (Comitê Olímpico Brasileiro) através do projeto Conexão Santiago, a qual fui contemplado após ser campeão dos Jogos Pan-Americanos Júnior de Cali, na Colômbia, recebendo assim todos os cuidados necessários para um atleta de alto rendimento. Eu faço toda minha preparação técnica e tática na Marinha do Brasil, no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan), onde sou 3º sargento e faço minha preparação física no centro de treinamento (CT) do Time Brasil com o preparador físico Vicente”, disse o esportista.

LEIA MAIS: Cuiabano garante vaga no Pan-Americano de 2022 ao conquistar ouro em torneio internacional

Igor explicou que ainda existem três chances para que os atletas de luta greco-romana garantam a vaga nos Jogos Olímpicos: no campeonato mundial no próximo mês, que acontece na Sérvia, no campeonato pan-americano no ano que vem, no México e, por fim, no Mundial Qualifier, que acontece logo após o Pan-Americano, mas que não tem local definido.

Em nível estadual, o atleta considera que a luta greco-romana vem sendo valorizada nos últimos anos, graças ao Bolsa Atleta. “O estado de Mato Grosso é referência no programa de Bolsa Atleta e acredito que isso é algo que possa e já vem auxiliando diversos atletas a acreditar e se manter com o básico pelo menos. Acredito que o Estado vem fazendo o possível para poder manter o esporte vivo em seu território”, opinou o atleta, que expressa o desejo de ter seus próprios projetos, principalmente nas comunidades. “Eu sou do Tijucal, foi dali que eu saí, dali que diversas outras crianças, futuros talentos, podem sair também”, declarou.

BOLSA ATLETA

O Bolsa Atleta é um auxílio concedido pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) a atletas, paratletas e atletas-guia praticantes de esportes de base e alto rendimento em Mato Grosso durante 12 meses.

Dentro do grupo dos esportistas de base, existem três categorias (infantil, base e estudantil), cada um contemplando pessoas de diferentes faixas etárias com valores diversos. O último edital para oferta deste apoio aos esportes encerrou no último dia 28, tendo sido reaberto durante 24 horas na quarta-feira (2).

Incluída no ano passado, a classe atleta infantil pagará 150 esportistas com idades entre 9 e 12 anos de idade, com R$ 200 mensais. As categorias atleta base (150 vagas) e atleta estudantil (120 vagas), diferenciadas de acordo com a posição alcançada pelos esportistas nas disputas estudantis, englobam esportistas de 12 a 17 anos, com bolsas mensais de R$ 400 e R$ 800, respectivamente.   

Os atletas de alto rendimento são divididos em dois grupos: atleta nacional e atleta internacional, ambos voltadas para atletas a partir dos 14 anos e que alcançaram resultados em competições ou rankings nacionais e internacionais.

 

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