Enquanto acontecia a segunda revista intensa da semana dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), dois detentos começaram uma briga, supostamente, para desviar a atenção dos agentes que estavam tentando descobrir a origem da terra que foi encontrada dentro do bueiro do presídio.
De acordo com informações da Secretaria de Justiça, que coordena as ações dentro do presídio, a terra estaria vindo de um suposto túnel aberto para uma fuga em massa. Esse túnel estaria no Raio 1 da unidade, local que está detido os presos com maior periculosidade.
Durante a revista promovida pelo Setor de Operações Especiais (SOE), o túnel não foi encontrado, porém os presos começaram a fazer tumulto. “Desde que foi trocada a direção e as revistas começaram a ser mais rotineiras, os presidiários não estão satisfeitos, porque estão ficando sem os chuços, os celulares e os chips, o que dificulta o contato deles com quem esta aqui fora. Por isso eles se rebelam e causam esse alvoroço todo”, contou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, João Batista.
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João Batista também reforçou que para tirar a atenção das revistas eles promovem brigas entre si, o que faz os agentes mudarem o foco e ter que separar a confusão. “Durante a revista de segunda eles fizeram greve de fome e ontem eles brigaram. Tudo é para tirar o foco. A PM, a SOE e a SEJUDH já está sabendo de um possível túnel, por isso os trabalhos serão mais intensos lá dentro”, afirmou João Batista.
De acordo com o relato da esposa de um detento, durante a noite de quinta-feira (17), os agentes usaram spray de pimenta, bala de borracha e deixaram os detentos boa parte da madrugada fora das celas. O fato não foi confirmado pela assessoria da SEJUDH, porém a revista no Raio 1 aconteceu e durante as vistorias teve preso que tentou apedrejar um agente que ficou levemente ferido.
Por enquanto o diretor da penitenciária Central, Roberval Barros, não se pronunciou sobre as ações dentro da PCE. Até o fechamento desta matéria ele não atendeu e nem retornou as ligações.
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