Cerca de 1.500 vereadores participam na tarde desta terça-feira (26) da Marcha dos Vereadores no Congresso Nacional, em Brasília. O evento foi organizado pela União dos Vereadores do Brasil (UVB) e contará com representantes de todos as unidades federativas, principalmente dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. O último evento organizado pela entidade foi no final da década de 1990. Em 2014, a UVB completa 50 anos de fundação.
O objetivo da marcha é chamar a atenção do Brasil para a importância do Poder Legislativo Municipal, debater os reflexos das decisões tomadas em Brasília nas cidades e discutir uma política que dê mais poder de decisão para os vereadores. "Queremos envolver todos os agentes políticos, de todas as esferas e poderes, nessa reformulação que o Brasil tanto precisa e que passa pelo fortalecimento dos legislativos municipais", afirmou o presidente da UVB, Gilson Conzatti.
A marcha está programada para às 14h desta terça. Cada vereador vai marchar pela praça dos Três Poderes com a bandeira que representa seu Estado. Segundo o presidente da UVB, "os vereadores mostrarão a força do municipalismo e deixarão claro que o progresso do país passa necessariamente pelo fortalecimento dos municípios".
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Na quarta e na quinta-feira, os vereadores participaram de reuniões para debater temas de interesse do municipalismo e da gestão pública. Os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), respectivamente, darão palestras para os vereadores.
O presidente da UVB disse que ainda espera a confirmação da presença do senador Aécio Neves, um dos pré-candidatos a presidente da República pelo PSDB, para dar uma palestra para os vereadores. "Vamos debater temas como o cooperativismo, agricultura, orçamento, educação e a mobilidade urbana, sempre do ponto de vista dos municípios", diz Conzatti, vereador na cidade de Iraí (RS).
Ao final do encontro, os vereadores vão publicar o Plano de Diretrizes e Ações da UVB e a Carta à Brasília em que constaram as principais bandeiras de ação para o ano que vem. "Os municípios estão sendo muito onerados e recebem poucos recursos do governo. Nós precisamos buscar ajustes nas contas das Câmara para melhorar o nosso trabalho. Não com mais dinheiro, mas com mais ação. Queremos um pacto federativo e mais recursos para a saúde", disse Conzatti.
MARCHA DOS PREFEITOS
Em julho, durante encontro com prefeitos, a presidente Dilma Rousseff foi vaiada mesmo depois de ter anunciado um pacote de bondades aos municípios. Durante sua fala, Dilma ouviu gritos por revisão do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), não mencionada em seu discurso. Foi o segundo ano consecutivo em que Dilma foi vaiada na Marcha dos Prefeitos, organizada pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios).
Na vaia de 2012, a presidente discursava na abertura do evento e falava sobre a divisão das receitas dos royalties do petróleo --um dos temas sensíveis na pauta dos prefeitos à época. Neste ano, Dilma já foi vaiada em um evento de ruralistas no Mato Grosso do Sul e na abertura da Copa das Confederações, em Brasília.
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