O prefeito de Igarapé Grande, no Maranhão, João Vitor Xavier (PDT), suspeito de matar a tiros o policial militar Geidson Thiago da Silva, se apresentou à Polícia Civil do Maranhão na tarde desta segunda-feira (7), em Presidente Dutra. Após prestar depoimento, ele foi liberado. O incidente ocorreu na noite de domingo (6), durante uma vaquejada em Trizidela do Vale (MA).
De acordo com a polícia, em seu depoimento, o prefeito alegou ter agido em legítima defesa. No entanto, testemunhas relataram que a confusão teve início após o policial pedir para o prefeito reduzir a intensidade dos faróis de seu carro, que estariam incomodando as pessoas no local. Imagens de câmeras de segurança do local da vaquejada estão sendo analisadas.
Embora não mostrem o momento exato dos disparos, a polícia levanta a suspeita de que os tiros teriam sido efetuados quando o policial virava as costas. O delegado Diego Maciel, de Pedreiras, informou que foram "cerca de cinco tiros. Provavelmente todos pelas costas".
As imagens ainda passarão por perícia. O delegado Ricardo Aragão, superintendente de Polícia Civil do Interior, explicou que, como João Vitor se apresentou espontaneamente, ele não foi preso em flagrante.
A Polícia Civil tem agora dez dias para finalizar o inquérito e solicitar um possível pedido de prisão preventiva. Por ser prefeito, João Vitor Xavier possui foro privilegiado, o que implica que seu julgamento ocorrerá em tribunais superiores.
A arma utilizada no crime ainda não foi entregue à polícia. Em depoimento, o prefeito teria afirmado que havia "se livrado" da arma. Testemunhas continuam sendo ouvidas e outras provas serão analisadas para determinar os próximos passos da investigação. A
Polícia Civil do Maranhão informou que as investigações prosseguem para a elucidação do caso e a responsabilização criminal do suspeito. A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) lamentou o crime e confirmou que as polícias estão em busca da arma e mais informações.
A Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM), por sua vez, expressou solidariedade à família do policial militar e manifestou confiança na atuação das autoridades, respeitando a presunção de inocência.
João além de prefeito, é sobrinho do ex-prefeito de Igarapé Grande e ex-presidente da FAMEM, Erlanio Xavier. As investigações seguem em andamento para esclarecer todas as circunstâncias do ocorrido.
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