O caso é investigado pela Corregedoria da Polícia Militar. Os três policiais foram identificados e afastados do serviço. A Ouvidoria da Polícia, que teve acesso às imagens, trata o caso como tortura.
O suspeito e os policiais não tiveram as identidades divulgadas, o que impossibilitou o contato da reportagem com suas defesas.
As imagens, gravadas por uma testemunha, mostram quando os policiais fardados se revezam nas agressões ao homem caído no chão. Um deles desfere seguidos golpes de cassetete nas costas e na cabeça do suspeito.
Outros dois também o agrediram com chutes e golpes. O homem é atingido nas pernas e na região do abdômen. Um dos policiais aparece nas imagens empunhando uma arma longa.
A Ouvidoria informou ter oficiado à Corregedoria da PM solicitando imagens das câmeras corporais dos policiais envolvidos, bem como exames periciais e o corpo de delito da vítima. "O que está se chamando de abordagem violenta, para nós é um claro caso de tortura, condenado pelo artigo V da Declaração Universal dos Direitos Humanos e tipificado como crime no Brasil", diz, em nota.
Ainda segundo a Ouvidoria, "mais do que afastar os policiais, é urgente e imprescindível perícia e acompanhamento médico especializado para se identificar o real estado mental e qual o tratamento adequado para esses agentes envolvidos na operação".
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) informou que a abordagem não condiz com as diretrizes da Polícia Militar. Os agentes envolvidos foram identificados e imediatamente afastados. A PM instaurou um Inquérito Policial Militar para analisar o caso. "Desvios de conduta ou excessos não serão tolerados pela PM, que pune com rigor os agentes que não cumprem os protocolos da corporação", diz a nota.
A pasta informou que, na ocasião, os agentes realizaram uma abordagem após constatar que o homem estava com uma motocicleta roubada no Jardim das Imbuias, na zona sul da capital, no último domingo. O homem foi preso e encaminhado ao 101.º Distrito Policial, onde permaneceu à disposição da Justiça. O caso foi registrado como receptação de veículo, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e localização e apreensão de veículo.
(Com Agência Estado)
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