Equipes do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) realizaram operação para instalar UPPs nos complexos de favelas do Lins de Vasconcelos e Camarista Méier, conjuntos na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (6). A operação durou cerca de 50 minutos e terminou por volta das 8h15.
As comunidades --em uma das regiões mais populosas da cidade-- vão receber as 35º e 36º UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) da capital fluminense. Segundo a secretaria de Segurança Pública, 13 comunidades serão beneficiadas com a instalação das unidades.
De acordo com dados do Instituto Pereira Passos (com base no censo do IBGE de 2010), 15.099 mil pessoas vivem no Complexo do Lins, que compreende as comunidades Cachoeirinha, Cotia, Bacia, Encontro, Amor, Cachoeira Grande, Nossa Senhora da Guia, Dona Francisca/Árvore Seca, Barro Preto, Barro Vermelho, Vila Cabuçu e Santa Terezinha. No conjunto Camarista Méier vivem cerca de 4.850 pessoas.
Trezentos e setenta homens da divisão de elite da Polícia Militar, o Bope, participam da ação, que conta, ainda, com reforço de efetivo do Batalhão de Choque; do Batalhão de Ações com Cães; e de policiais da Corregedoria Interna da PM e da Polícia Civil. A Polícia Rodoviária e a Marinha dão suporte à ação, com 180 militares e 14 veículos blindados.
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Nenhum tiro foi disparado até o momento. A polícia informou que apreensões e suspeitos serão encaminhados à 25ª Delegacia de Polícia, no Engenho Novo.
No morro da Cotia, durante o deslocamento para o Complexo do Lins, um blindado da Marinha derrubou uma ponto de ônibus e pedaços da marquise atingiram o pé de um policial, que sofreu uma contusão e foi encaminhado ao Hospital Marcilio Dias, também na região.
UPP será instalada imediatamente
O diferencial desta operação é que logo depois da ocupação já deverá ocorrer a instalação da UPP, uma estratégia diferente da que vinha sendo utilizado em outras comunidades, onde, entre um passo e outro, a secretaria de Segurança esperava pelo menos um mês --a ação coincidiu com a formação de 288 policiais no último dia 20.
Vários fatores determinaram a definição da instalação da próxima UPP no Lins. Desde o final do ano passado, a região tem ocupado as páginas policiais do noticiário com diversas ocorrências graves.
Na noite de Natal, a menina Adrielly dos Santos, 10, foi atingida por uma bala perdida na cabeça em Pilares. Ela esperou oito horas por cirurgia e morreu depois de uma semana.
No mesmo dia, Flávia da Costa Silva, 26, foi baleada dentro de um ônibus no Lins a caminho do trabalho. Aline Cristina Ramos, 25, foi vítima de outra bala perdida no dia seguinte na mesma região. Dali em diante, a Polícia Militar começou a fazer operações frequentes na zona norte em busca de traficantes e armamento.
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O Lins acabou passando na frente da Maré em termos de prioridade para implantação de uma UPP por causa de seu tamanho menor que o complexo de 15 favelas que fica entre a avenida Brasil e a Linha Vermelha, também na zona norte.
A tão esperada ocupação da Maré, onde 13 pessoas morreram durante uma operação fracassada em junho, deve ficar apenas para o início de 2014.
Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá é liberada
A autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, entre as zonas norte e oeste do Rio de Janeiro, que foi fechada por volta das 5h deste domingo (6), em ambos os sentidos, foi liberada, por volta das 7h. A rua Pedro de Carvalho continua interditada. A CET-Rio e a Guarda Municipal estão nos pontos de bloqueio e orientam o tráfego. No momento, o tráfego é normal na região.
Ainda de acordo com o órgão, por conta das interdições extraordinárias, excepcionalmente não será implantada hoje a área de lazer na rua Dias da Cruz, que permanecerá aberta ao tráfego de veículos durante todo o dia.
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