Uma operação das forças de segurança do Rio de Janeiro contra facções criminosas nos complexos do Alemão e da Penha resultou na morte de 64 pessoas nesta terça-feira (28), de acordo com números confirmados pelo governo estadual. Entre os mortos estão 60 suspeitos, três civis e quatro policiais.
A ação, considerada a mais letal em operações policiais no estado, integra a Operação Contenção, iniciativa permanente do governo estadual para conter a expansão do Comando Vermelho. A operação mobilizou aproximadamente 2.500 agentes para cumprir 100 mandados de prisão.
Em resposta à intervenção, grupos criminosos orquestraram retaliações em várias regiões da cidade, incluindo bloqueios de vias públicas com veículos e entulho. O Centro de Operações e Resiliência elevou o estágio operacional para nível 2 em uma escala de 5, enquanto a Polícia Militar determinou o emprego de todo o efetivo nas ruas.
Balanço da Operação:
- 60 suspeitos mortos em confrontos
- 4 policiais mortos (2 da Polícia Civil e 2 do BOPE)
- 3 civis feridos
- 81 pessoas presas
- 75 fuzis, 2 pistolas e 9 motos apreendidos
Entre os presos está Thiago do Nascimento Mendes, identificado como um dos chefes do Comando Vermelho na região, e Nicolas Fernandes Soares, apontado como operador financeiro da facção.
O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, afirmou que a operação foi planejada com antecedência e executada com recursos exclusivos do estado. "São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem no Rio de Janeiro", declarou Santos, acrescentando que cerca de 280 mil pessoas residem nas áreas afetadas.
O governador Cláudio Castro afirmou que o governo federal negou apoio para a operação, declaração subsequentemente contestada pela União, que afirmou ter atendido todos os pedidos do estado para emprego da Força Nacional.
Impactos na Cidade:
A retaliação criminosa causou significativa interrupção no transporte público, com mais de 100 linhas de ônibus tendo seus itinerários alterados e serviços do BRT parcialmente paralisados. Instituições de ensino, incluindo UFRJ, UERJ, UFF e FAETEC, suspenderam atividades acadêmicas.
Na região dos complexos, 48 escolas municipais foram impactadas pela operação. Empresas de transporte relataram bloqueios em múltiplas vias, incluindo Avenida Brasil, Linha Amarela e Linha Vermelha.
A operação resulta de investigação de um ano pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes e inclui a participação do Ministério Público do Rio de Janeiro, que denunciou 67 pessoas por associação para o tráfico e três por tortura.
De acordo com as investigações, o Complexo da Penha constituía base estratégica para o projeto expansionista do Comando Vermelho na Zona Oeste da cidade.
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