Terça-feira, 07 de Maio de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,07
euro R$ 5,47
libra R$ 5,47

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,07
euro R$ 5,47
libra R$ 5,47

Brasil Quinta-feira, 09 de Julho de 2020, 17:11 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quinta-feira, 09 de Julho de 2020, 17h:11 - A | A

Mulher mantida em cárcere pelo marido usa bilhete para denunciar situação

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Sem poder sair de casa sozinha nem pedir ajuda por telefone, uma mulher de 46 anos escreveu um bilhete para denunciar o próprio marido, de 49, que segundo ela a vigiava e ameaçava havia oito anos. Ela mostrou o bilhete ao filho, que o fotografou e levou à delegacia. O marido foi preso na quarta-feira (8) por policiais da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) Oeste, em casa, em Campo Grande (zona oeste do Rio), sob acusação de cárcere privado, cuja pena varia de dois a cinco anos de prisão.

Segundo a delegada Mônica Areal, responsável pela investigação, o marido vigiava a mulher inclusive durante as visitas do filho do casal, para que ela não o denunciasse. Na quarta-feira, porém, ela aproveitou uma distração do marido, durante mais uma visita do filho, para mostrar a ele um bilhete no qual denunciava a situação. "Não estou podendo falar contigo pelo meu zap (Whatsapp). Estou sendo coagida pelo Henrique. Ele fica o tempo todo atrás de mim vendo o que faço e me ameaçando. Não tenho como sair, estou (...) sendo torturada psicologicamente, moralmente e passando por constrangimentos horríveis", escreveu a mulher. O filho fotografou o bilhete e levou a imagem à delegacia.

À Polícia Civil, o filho afirmou que havia desconfiado de algo errado entre os pais porque, quando visitava o casal, a mãe permanecia muito calada e retraída. Um outro familiar acompanhou o filho à delegacia e também relatou suspeitas. Mas nenhum deles fazia ideia do que estava acontecendo.

Quando a polícia chegou à casa, o suspeito demorou a abrir a porta, mas não resistiu à prisão e permaneceu calado, segundo a polícia. Já a mulher estava muito nervosa: "Ela mal conseguia falar. Contou que tentou fugir, mas não conseguiu. Procurou a delegacia (por telefone), mas não conseguiu formalizar a queixa (porque tinha que ir pessoalmente). Ela vivia tão oprimida, tão dominada pelo marido que, no momento da prisão, ficou quietinha, calada num canto da porta. Deu pra perceber o nível de dominação que ele tinha sobre ela", afirmou a delegada ao portal G1. "Ela não falava sem autorização dele. Só depois que o prendemos ela nos contou o que acontecia. Ela tentou se libertar dele, mas acabou sendo espancada, e também sofria muitas ameaças", disse à imprensa.

A Polícia Civil ainda investigará as denúncias de violência física contra a mulher e, se confirmar, indiciará o marido também pelas lesões corporais. Além disso, a pena pelo cárcere privado pode aumentar para de dois a oito anos de prisão.

Segundo a polícia, até esta quinta-feira, 9, o marido não tinha advogado. A reportagem não conseguiu localizar representantes dele para se pronunciar sobre as acusações.

(Com Agência Estado)

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros