A fábrica clandestina dirigida por ela continuava funcionando em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, mesmo com o avanço dos casos de contaminação e a intensificação da fiscalização. Seis pessoas morreram e, ao menos duas delas, consumiram bebidas produzidas por essa fábrica, de acordo com a polícia.
"Segundo relato da doutora Isa (Isa Lea Abramavicus, da 1ª Delegacia de Polícia da Divisão de Investigações sobre Infrações contra a Saúde Pública) e da equipe, a Vanessa é uma pessoa muito fria nas palavras. Ela não mostra arrependimento", relatou o delegado-geral de Polícia, Artur Dian.
De acordo com a polícia, ela é o centro de um negócio familiar de fabricação clandestina de bebidas alcoólicas. Participariam do grupo criminoso o ex-marido, que foi liberado após prestar depoimento, o cunhado e o pai da suspeita - ambos continuam presos.
"É uma prática comum dessa família a falsificação e a venda de bebidas para estabelecimentos comerciais". O marido dela já é conhecido pela falsificação de bebidas. Ele respondeu pelo artigo 272 do Código Penal", afirmou o delegado-geral Artur Dian.
A mulher foi presa na última sexta-feira, 10, em São Bernardo do Campo, na região do ABC Paulista, em operação que rastreou a origem da bebida destilada que dois homens consumiram no Bar Torres, na Mooca, zona Leste de São Paulo. Eles foram as duas primeiras vítimas da onda de intoxicação no estado.
O Bar Torres afirmou que colabora com as autoridades e "que todas as bebidas são originais, adquiridas apenas de fornecedores oficiais e com nota fiscal, garantindo procedência e segurança".
"A gente consegue estabelecer um vínculo grande que todas as bebidas saíram, em algum momento, desse círculo familiar que envolve a Vanessa. É óbvio que a investigação continua. O primeiro ciclo dessa cadeia criminosa foi fechado com a operação de hoje".
A Polícia Civil, por meio do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), identificou nesta sexta-feira dois postos de combustíveis suspeitos de venderem etanol adulterado com metanol para a fábrica clandestina que seria dirigida por Vanessa. Os estabelecimentos estão localizados em São Bernardo do Campo e em Santo André, na Grande São Paulo. Agentes recolheram amostras de etanol para serem analisadas.
(Com Agência Estado)
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