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Brasil Segunda-feira, 11 de Abril de 2011, 15:11 - A | A

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Segunda-feira, 11 de Abril de 2011, 15h:11 - A | A

REALENGO

Moradores recuperam muro da casa da família de atirador

O GLOBO

Marco Antônio Cavalcanti
Muro da casa da família de Wellington é pintado por moradores
Voluntários que estudaram na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, pintaram, na manhã desta segunda-feira (11), o muro da casa onde morou a família de Wellington Menezes de Oliveira, na Rua do Cacau, no mesmo bairro. Cartolinas foram coladas para fechar os buracos feitos no portão de alumínio com pedradas, na madrugada de domingo. O muro também foi pichado por vândalos na madrugada de sábado, quando foram escritas as palavras "covarde" e "assassino" diversas vezes.

Vizinhos e moradores de Realengo contribuíram com a compra da tinta branca. Um cartaz também foi colocado na calçada afirmando que a culpa não é dos parentes de Wellington, e que o bairro de Realengo é pacífico.

"Organizei este ato porque meus sobrinhos que estavam na escola no dia do tiroteio passaram em frente à casa no fim de semana e ficaram muito impressionados com as pichações. Temos que mostrar que esse não é o sentimento dos moradores de Realengo", disse Marcos Gerbatin, de 47 anos, que é cabeleireiro e estudou na Escola Tasso da Silveira.

Vizinhos também colocaram em frente à casa um cartaz pedindo paz. "A culpa não é do estado, a culpa não é dos parentes, a culpa não é das crianças, a culpa não é dos funcionários da escola. A dor é de todos. Nosso bairro é pacífico", diz o cartaz.

Já Comlurb realiza nesta segunda-feira a limpeza da Escola Municipal Tasso da Silveira. O trabalho deve durar até às 14h. Somente depois pais e alunos poderão entrar para pegar materiais que ficaram na escola . Na porta da unidade, um bilhete convoca os responsáveis pelos alunos a participarem de uma reunião às 10h de quinta-feira.

Panfletos com a mesma convocação também estão sendo entregues aos responsáveis que aparecem na porta do colégio.

Ação de vândalos levou medo à vizinhança

Vizinhos da antiga casa onde morou Wellington Menezes de Oliveira com a família, na Rua Cacau, em Realengo, viveram no domingo uma madrugada de medo . Com pedras, vândalos destruíram o portão de alumínio da casa. Uma das janelas da frente também ficou com a vidraça quebrada. Desde o início da manhã deste domingo, carros da PM passaram a fazer escolta na rua, para garantir que não haja invasões e mais depredações.

Assustados, os moradores do local preferiram não se identificar. A maior preocupação deles é com a possibilidade ter a casa ser incendiada. Na manhã de domingo, uma pessoa chegou a passar em uma moto pela rua e gritar: "tem que tacar fogo".

Com medo de represália, os cinco irmãos de Wellington Menezes de Oliveira ainda não decidiram se vão reclamar o corpo do rapaz. Ao mesmo tempo em que sofrem a perda do caçula, os cinco irmãos - dois no Rio e três em Brasília - temem ser reconhecidos e linchados por pessoas revoltadas com o assassinato de 12 alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira.

"A decisão não está tomada. A gente não sabe o que fazer (com o corpo de Wellington). Também não sabe o que fazer com casa, roupa, documentos. Estamos sem pai, nem mãe", disse X., um dos irmãos de Wellington, que vive numa cidade-satélite de Brasília e pediu que não fosse identificado.

O GLOBO conversava com X. no momento em que ele recebeu a informação de que populares tinham depredado a casa onde o assassino morou em Realengo, até a morte da mãe adotiva dele, Nicéia Menezes de Oliveira, no ano passado. Nos fundos da casa, mora uma das duas irmãs de Wellington.

"Pelo que me falaram, invadiram a casa e estão depredando o patrimônio da família. Cadê a polícia? Não tem. É um patrimônio humilde, mas tem valor sentimental", disse X.

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