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Brasil Segunda-feira, 30 de Maio de 2016, 16:09 - A | A

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Segunda-feira, 30 de Maio de 2016, 16h:09 - A | A

CRIME NO RIO

"Minha convicção é que houve estupro", diz delegada

G1

A delegada responsável pelo caso de violência contra uma jovem de 16 anos na Zona Oeste do Rio afirmou, em entrevista nesta segunda-feira (30), que está convicta de que houve estupro. As principais provas são o depoimento da vítima e vídeo divulgado nas redes sociais pelos suspeitos. A polícia, entretanto, ainda não tem elementos para confirmar a versão de que 33 pessoas participaram do crime.

 

Arquivo

delegada estupro coletivo

 

"Minha convicção é que houve estupro. Tanto que está no vídeo. Quero provar agora é a extensão desse estupro. Se foram cinco, dez, trinta", disse Cristiana Bento, delegada titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV). "O vídeo prova o abuso sexual, além do depoimento da vítima", afirmou a delegada, acrescentando que, na avaliação dela, o vídeo prova ainda o estupro coletivo.

 

O chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, explicou que a investigação se debruça sobre dois momentos: o vídeo, que mostra provas e envolvimento de alguns suspeitos, e o momento anterior, do estupro coletivo denunciado, que está na fase de coleta de provas e depoimentos. Não há "prova técnica", segundo ele, da participação de 33 pessoas.

 

Para a Polícia Civil, porém, é claro que houve estupro coletivo, porque o vídeo mostra um homem tocando a adolescente e há vozes de outros no mesmo ambiente. Sobre o vídeo, os suspeitos podem ser indiciados por estupro de vulnerável e produção, armazenamento e distribuição de pornografia com menores de idade, de acordo com os artigos 240 e 241A do Código Penal.

 

Laudo do exame

De acordo com a perita legista do Instituto Médico Legal (IML), Adriane Rego, não foi constatada violência física no exame. A perita ressaltou, no entanto, que o exame foi feito cinco dias depois do ocorrido. O inquérito corre em segredo de Justiça.

 

Cristiana Bento explicou que o fato de o exame físico não constatar lesão na vítima não quer dizer que não houve o crime. "Nesse tipo de investigação, pode não ter acontecido lesão e haver estupro; e pode ter acontecido lesão e não ter acontecido estupro", explicou. "Se ela estava desacordada, não vai ter lesão, porque ela não ofereceu resistência."

 

Daniel Silveira/G1

delegada estupro coletivo

Raí de Souza admitiu à polícia ter sido responsável por divulgação, na internet, de imagens de adolescente que afirma ter sido vítima de estupro coletivo no Rio

Troca de delegado

Veloso afirmou que o fato de que os pedidos de prisão de seis suspeitos ter acontecido nesta segunda-feira, e não antes, está sendo avaliado, assim como a conduta do delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, que deixou o caso neste domingo (29).

 

Thiers foi criticado por afirmar após dizer que não via indícios de que houve estupro. Além disso, a vítima afirmou que sentiu acuada durante o depoimento que deu ao delegado. "Até o próprio delegado me culpou", disse ao Fantástico.

 

O chefe da polícia afirmou, entretanto, que pesou na decisão de trocar o comando das investigações a experiência de Bento no trato com vítimas de violência sexual. Veloso disse ainda que Thiers já contribuiu com o caso.

 

"Pessoalmente, entendo que não era conveniente que o delegado Alessandro Thiers continuasse à frente da investigação, até para preservá-lo", diz Veloso. Ele disse que Thiers é muito competente, mas não está isento de cometer erros ou impropriedade.

 

Veloso admitiu que Cristiana Bento tem mais conhecimento na questão do trato com a vítima. "Mais até do que eu", afirmou. 

 

Áudios do WhatsApp falsos

"É importante acrescentar aqui que chegam muitos áudios do WhatsApp desse caso – a maioria especulação". Como exemplo, a delegada cita o áudio que um suposto morador da comunidade onde aconteceram os crimes afirma que não houve estupro na favela porque o tráfico não deixa.

 

"Chegaram muitos áudios do WhatsApp que dizem que isso não ia acontecer porque os traficantes não deixam. Mas eles estupram sim. Eles entram nas casas e violentam meninas. Muitas não falam. Eles não permitem que outros estupram, mas eles estupram sim. Essa menina mesmo ia ficar calada e foi convencida a denunciar", disse a delegada.

 

Participaram da coletiva de imprensa o delegado da Polícia Civil, Fernando Veloso; Cristiana Bento, delegada titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV); Adriane Rego, perita legista do Instituto Médico Legal (IML); Márcia Noeli, delegada da Divisão Policial de Atendimento à Mulher.

 

Polícia Civil procura suspeitos

A DCAV deflagrou nesta segunda-feira uma operação policial para cumprir seis mandados de prisão contra suspeitos de estuprar a jovem. Raí de Souza, de 22 anos, um dos seis suspeitos já identificados, se entregou à Polícia Civil nesta tarde. Ele já tinha admitido ter sido responsável pela divulgação na internet das imagens da adolescente.

 

Entre os procurados estão Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, jogador do time de futebol Boa Vista, apontado como namorado da vítima, e Marcelo Miranda Correa, suspeito de divulgar as imagens.

 

Também são procurados Raphael Assis Duarte Belo, que aparece em uma foto fazendo selfie com a jovem desacordada na cama, Sérgio Luiz da Silva Júnior, o "Da Rússia", apontado como chefe do tráfico no Morro do Barão, e Michel Brasil da Silva, também suspeito de divulgar o vídeo.

 

Além de mandados de prisão, a polícia também busca computadores e celulares na casa dos suspeitos. As buscas são realizadas na Cidade de Deus, Taquara, Recreio, Favela do Rola e Praça Seca.

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