Cerca de 140 policiais cumpriram também 23 ordens de busca e apreensão domiciliar, além de sequestro e bloqueio de bens no valor total de R$ 120 mil. As ações ocorreram simultaneamente no Distrito Federal e em dez municípios dos estados de Goiás, Pará, Maranhão, Santa Catarina e Tocantins.
A operação é um desdobramento das investigações iniciadas após um caso de estelionato contra uma idosa, vítima do chamado "Golpe do Novo Número", em que criminosos se passam por familiares para solicitar transferências financeiras. A vítima sofreu prejuízo de quase R$ 120 mil.
As investigações apontaram que o grupo é responsável por pelo menos 157 ocorrências policiais registradas de 2021 a 2024, com um sofisticado esquema de atuação nacional. A associação também fazia uso de aplicativos avançados para gerenciar perfis de WhatsApp e obter dados pessoais das vítimas, que eram utilizados para reforçar a veracidade das fraudes.
Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato na modalidade fraude eletrônica (art. 171 do Código Penal), associação criminosa (art. 288 do Código Penal) e lavagem dinheiro (lei 9613/1998), cujas penas podem atingir até 21 anos de prisão, além de multa.
Comandada pelo Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), a operação teve o apoio do Ministério da Justiça e das polícias Civis do Distrito Federal, do Maranhão, de Mato Grosso, do Pará, de Santa Catarina e do Tocantins.
"A Operação Mirum III é um exemplo concreto da importância da atuação integrada entre as forças de segurança pública de diferentes estados e da aplicação estratégica da inteligência policial no enfrentamento às fraudes", afirmou o diretor de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), Rodney da Silva.
Segundo ele, o Ministério da Justiça seguirá apoiando operações que desarticulem estruturas criminosas sofisticadas que atuam em rede e exploram vulnerabilidades. "O trabalho conjunto é o caminho para proteger o cidadão e garantir a efetividade da Justiça", conclui.
Durante a Operação Mirum II, em 2023, um dos principais articuladores do grupo foi preso, o que possibilitou o aprofundamento das investigações e a revelação da complexa rede de participantes e colaboradores. Já foram identificados 51 investigados, com 28 prisões efetuadas nas fases anteriores.
O delegado titular do Gref em Goiás, Thiago César de Oliveira Silva, avalia que a ação integrada entre as polícias civis e o apoio do Ministério da Justiça foram fundamentais para o sucesso da operação. "Essa ação representa mais um passo firme no enfrentamento à criminalidade digital, que tem feito vítimas em todo o País, especialmente entre os mais vulneráveis. Trata-se de uma associação criminosa altamente estruturada, com atuação nacional e uso intensivo de tecnologia para aplicar fraudes."
(Com Agência Estado)
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