No documento, a defesa de Almir Garnier pede a absolvição pelos cinco crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Entre os argumentos, rechaça a acusação de que ele teria oferecido suas tropas para que Bolsonaro pudesse implementar o golpe.
Além disso, apontou que haveria contradição entre os depoimentos em juízo de Freire Gomes, comandante do Exército, e Baptista Júnior, da Aeronáutica, a respeito da reunião em que isso teria acontecido.
Segundo os advogados de Ganier, apenas Baptista Júnior afirmou que ele teria colocado as tropas à disposição. Freire Gomes havia reforçado isso também em depoimento à Polícia Federal, mas não ao ser indagado sobre o assunto no STF.
A defesa de Almir Garnier também sustentou que ele nunca recebeu e cumpriu ordens ilegais no cargo.
Assim como os demais réus do núcleo crucial, Garnier foi acusado de cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. As penas somadas podem chegar a 46 anos de prisão, caso ele seja condenado.
A Polícia Federal e, posteriormente, a PGR aponta que o almirante foi o único comandante das Forças Armadas a aderir ao golpe, colocando as tropas da Marinha à disposição de Bolsonaro para uma eventual ruptura democrática. Ao longo do processo, no entanto, o militar já vinha negando que tenha feito a proposta ao então presidente da República.
Após esta etapa, o ministro Alexandre de Moraes poderá produzir seu relatório e solicitar uma data para o julgamento do processo na Primeira Turma do STF.
Caberá ao ministro Cristiano Zanin, presidente da Turma, oficializar a data. Contudo, o Estadão apurou que as sessões das terças-feiras do mês de setembro estão reservadas para tal.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.