Delegações de diversos países — entre elas a do Brasil — deixaram o plenário da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (26), em Nova York, no momento em que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, iniciava seu discurso.
A saída simultânea dos representantes foi um protesto coordenado contra os ataques israelenses à Faixa de Gaza, que já duram quase dois anos e resultaram em mais de 60 mil mortes, segundo estimativas citadas durante o encontro.
Plenário esvaziado
No instante em que Netanyahu subiu ao parlatório, o mestre de cerimônia precisou pedir ordem na sala: “Ordem na sala, por favor!”. Apesar do apelo, grande parte das cadeiras ficou vazia durante a fala do premiê israelense.
Diante do plenário esvaziado, Netanyahu afirmou que os inimigos de Israel são também os inimigos do mundo ocidental, incluindo os Estados Unidos, seu principal aliado. “Odeiam a todos nós da mesma forma. Eles querem arrastar o mundo moderno para o fanatismo”, declarou.
Posição do Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem classificado repetidamente as ações de Israel em Gaza como genocídio. No discurso de abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU, na última terça-feira (23), Lula reforçou a posição brasileira:
“Os atentados terroristas perpetrados pelo Hamas são indefensáveis sob qualquer ângulo. Mas nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza. Ali, sob toneladas de escombros, estão enterradas dezenas de milhares de mulheres e crianças inocentes. Ali também estão sepultados o direito internacional humanitário e o mito da superioridade ética do Ocidente.”
Procurado, o Ministério das Relações Exteriores informou à Agência Brasil que não fará “manifestações adicionais” sobre o protesto.
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