O policial militar João Dias Ferreira, delator de um suposto esquema de desvios de verbas no Ministério do Esporte, disse que entregará 13 áudios à Polícia Federal que corroboram suas acusações. 
Ele comparece nesta segunda-feira (24) para prestar um segundo depoimento à PF. Entre os áudios, segundo ele, está a gravação de uma reunião que fez com funcionários da pasta para tentar resolver a prestação de contas de um de seus convênios. 
"Se a reunião é feita no 7º andar, na secretaria-executiva, se a reunião é feita sobre o assunto do Segundo Tempo, se a reunião é feita com a cúpula, não tem para onde correr", disse o policial. 
Na semana passada, Ferreira depôs por mais de oito horas na PF. Segundo o policial, seu motorista, Célio Soares Pereira, vai se apresentar esta semana para também prestar depoimento. Célio afirmou à revista "Veja" ter presenciado a entrega de dinheiro na garagem do ministério. 
No depoimento que deu na semana passada, Ferreira disse que a entrega ocorreu "quatro ou cinco vezes", segundo relatos feitos a ele. O policial, no entanto, afirmou que não presenciou essas entregas. 
No depoimento da semana passada, Ferreira disse ter ouvido de três funcionários do Ministério do Esporte "que o responsável pela estruturação do partido PC do B era o então secretário-executivo Orlando Silva". 
Segundo ele, o empresário Miguel Santos, que estaria por trás das empresas usadas no esquema, disse que "50% do lucro obtido pelas empresas que ele operava através de laranjas eram destinadas à estruturação do PC do B em Brasília".
ENTENDA O CASO 
O ministro do Esporte, Orlando Silva, é suspeito de participação num esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, que dá verba a ONGs para incentivar jovens a praticar esportes. A acusação foi feita à revista "Veja" pelo policial militar. 
O soldado e seu motorista disseram à revista que o ministro recebeu parte do dinheiro desviado pessoalmente na garagem do ministério. 
Segundo o ministro, que tem desqualificado o policial militar em entrevistas e nas oportunidades que falou do assunto, disse que as acusações podem ser uma reação ao pedido que fez para que o TCU (Tribunal de Contas da União) investigue os convênios do ministério com a ONG que pertence ao autor das denúncias. 
Em nota, o Ministério do Esporte disse que Ferreira firmou dois convênios com a pasta, em 2005 e 2006, que não foram executados. O ministério pede a devolução de R$ 3,16 milhões dos convênios. 
De acordo com o ministro, desde que o TCU foi acionado, integrantes de sua equipe vêm recebendo ameaças. 
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