A empresa de construção naval OSX (OSXB3), do ex-bilionário Eike Batista, confirmou ter entregado à Justiça seu pedido de recuperação judicial nesta segunda-feira (11), com dívida acima de R$ 5 bilhões.
Documento divulgado pela OSX na sexta-feira diz que o pedido inclui a holding e as controladas OSX Construção Naval S.A. e OSX Serviços Operacionais Ltda. É a segunda empresa do grupo de Eike que entra com pedido de proteção judicial em menos de duas semanas.
A recuperação judicial, antiga concordata, é uma opção para empresas que estão em crise, mas acreditam ter chances de sobreviver se forem acionadas algumas medidas.
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A OSX, cujos ativos incluem um estaleiro inacabado no Porto de Açu, no norte do Rio de Janeiro, é uma das principais credoras da OGX. Quase todos os negócios da OSX dependem da OGX, uma vez que a empresa de construção naval foi criada para fornecer plataformas de produção à petroleira.
Conselho aprovou recuperação judicial
Na sexta-feira (8), o Conselho de Administração da OSX aprovou, em caráter de urgência, o ajuizamento de pedido de recuperação judicial, em conjunto com suas controladas, OSX Construção Naval S.A. e OSX Serviços Operacionais Ltda., segundo comunicado ao mercado.
A empresa convocou uma assembleia de acionistas para o dia 28 de novembro para ratificar o pedido de recuperação judicial. A empresa também informou a demissão de Marcelo Gomes do cargo de diretor-presidente, e sua substituição por Ivo Dworschak Filho. Outra mudança é a contratação da consultoria Angra Partners para coordenar e assessorar a reestruturação da companhia, no lugar da Alvarez & Marsal.
Estaleiro rolou dívida com bancos
A OSX informou, no dia 6, que sua subsidiária OSX Construção Naval renovou um empréstimo de R$ 461,4 milhões com a Caixa Econômica Federal destinado à implantação da Unidade de Construção Naval no Porto do Açu, no Rio.
Segundo comunicado, a renovação do empréstimo vale por 12 meses a partir do vencimento original, em 19 de outubro deste ano. O contrato de garantia firmado com o banco Santander também foi adiado pelo mesmo prazo.
Um outro empréstimo-ponte de valor parecido obtido pela mesma subsidiária com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve seu vencimento prorrogado em 15 de outubro por 30 dias, e tem garantia pelo Banco Votorantim.
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