"Muitas vezes, o custo fixo de fazer projetos é muito grande para prefeituras ou governos estaduais", disse Barbosa. "Outro problema são os interesses divergentes que podem existir em uma região metropolitana. É preciso que um agente ajude a coordenar esses projetos. E a área de estruturação de projetos do BNDES vem atuando fortemente nisso, com mais de 200 projetos e interesse crescente na parte de cidades", acrescentou.
Barbosa explicou que as ações do banco para apoiar o desenvolvimento urbano sustentável e resiliente estão organizadas em três pilares. Além da estruturação de projetos - considerada por ele a mais importante -, o BNDES está destinando cerca de R$ 10 bilhões para a retomada de investimentos diretos em empresas, incluindo iniciativas de desenvolvimento das cidades. "Isso vai gerar muitas oportunidades, principalmente para startups que estão buscando negócios em digitalização, eficiência energética, redução de emissões e novos designs urbanos", avaliou.
O diretor destacou ainda o Fundo Clima, que apoia projetos de infraestrutura ambiental, e o Fundo de Investimento em Infraestrutura Social, que financia equipamentos e serviços nas áreas de educação básica, saúde, segurança pública e outras áreas do desenvolvimento urbano, como obras de defesa civil.
"Um dos grandes carros-chefes do Fundo Clima é a mobilidade urbana, com projetos de transporte sobre trilhos e de eletrificação da frota de ônibus, com taxa de juros incentivada", informou Barbosa.
Hoje, o Fundo Clima conta com R$ 20 bilhões e o Fundo de Investimento em Infraestrutura Social, com R$ 10 bilhões. Segundo o diretor, eles devem dobrar de tamanho no ano que vem, totalizando R$ 60 bilhões em financiamento para o desenvolvimento de cidades sustentáveis.
Resilientes
Barbosa também detalhou as ações do projeto Cidades Resilientes, em que o BNDES faz o mapeamento dos investimentos necessários para adaptação às mudanças climáticas. O modelo foi a atuação do banco no Rio Grande do Sul, que pode ser reproduzida em outras áreas urbanas do País, afirmou.
Em parceria com o Ministério das Cidades, o banco também lançou o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana, que levantou a possibilidade de expandir a rede de transporte público no Brasil em 2.500 quilômetros nos próximos 10 anos, com projetos de VLT, metrô, monotrilho e barca, entre outros modais.
"Na fase atual, vamos escolher pelo menos dois projetos por região metropolitana para começar a realizar. Alguns já estão em construção, como projetos no metrô de São Paulo. Isso ajuda a reduzir emissões, melhora a qualidade de vida da população e gera empregos", explicou o diretor.
(Com Agência Estado)
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