Vivemos um momento de apologia a violência, embora todos aparentem ser contra ela, o que assistimos são: atentados, assaltos, impostos, mentiras, sequestros, violência doméstica, agressões infantis, pedofilia, estupro, violência contra gêneros, contra opiniões divergentes, entre torcidas de futebol, entre gangues, traficantes, violência no trânsito, no trabalho, na festa e assim vamos agredindo, machucando, matando... Até quando?
A violência é o maior espetáculo da terra. Prova disso está nas lutas e jogos primitivos, ou nos tantos esportes de enfrentamento físico, onde “respeitosamente” o oponente bate, derruba e agride como forma de demonstração de superioridade. É esporte? Não sei, tenho dúvidas, mas quem mais agride vence.
A grande maioria dos filmes são em cima de violência, física ou psicológica; as novelas tem agressões psicológica, físicas e morte como forma de atrair público. Os de guerra são normalmente os mais famosos e mais assistidos, desastres e injustiças também rendem boa bilheteria. Por que será que o sofrimento alheio seduz tanto a espécie humana?
Renato Russo já dizia: “Vamos festejar a inveja, a intolerância e a incompreensão.
Vamos festejar a violência e esquecer a nossa gente que trabalhou honestamente a vida inteira e agora não tem mais direito a nada. Vamos celebrar a aberração de toda a nossa falta de bom senso. Nosso descaso por educação”.
Defender a violência com mais violência é o caminho? Para João Paulo II, “a violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano”. Já o outro João Paulo, desta vez o Jean Paul Sartre, afirmou que: “A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”.
É preocupante combater violência com violência. Talvez a melhor arma seria a educação. Além do mais, um caderno e uma caneta custam bem menos que uma metralhadora e formar um professor é infinitamente mais barato que fazer um guerrilheiro.
Pensadores nunca nos faltaram para ensinar. Mahatma Gandhi afirmou: “Eu sou contra a violência porque parece fazer bem, mas o bem só é temporário; o mal que faz é que é permanente”. E Martin Luther king dizia: “Uma das coisas importantes da não violência é que não busca destruir a pessoa, mas transformá-la”.
A questão é porque o mundo gasta tanto dinheiro construindo armas cada vez mais potentes e destruidoras e gastam tão pouco alimentando pessoas, educando e ensinando fazer o bem? Afinal, um mundo melhor se faz de pessoas melhores e não de armas mais potentes. Mas este mundo é mesmo muito estranho. John Lennon já dizia: “Vivemos num mundo onde nos escondemos para fazer amor! Enquanto a violência é praticada em plena luz do dia”.
*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias.
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