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Artigos Quarta-feira, 21 de Outubro de 2020, 09:25 - A | A

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Quarta-feira, 21 de Outubro de 2020, 09h:25 - A | A

VINICIUS DE CARVALHO

Por dentro da pesquisa Ibope

VINICIUS DE CARVALHO

Reprodução

Vinicius de Carvalho

Na sexta-feira passada foi divulgada a pesquisa Ibope com as intenções de voto para a Prefeitura de Cuiabá. O primeiro aspecto que destaco é o elevado patamar de voto espontâneo para esta etapa da contenda. Abílio Júnior e Emanuel Pinheiro apresentaram 19% e 15% nesta condição. Isto indica que é muito difícil que eles baixem desse patamar ao longo da campanha. Somados com os 14% de Roberto França e 7% de Gisela Simona chega-se à marca de 55%, que indica forte fragmentação e grande tendência de segundo turno. 

Já na estimulada há uma diferenciação clara no recorte de religião. O candidato Abílio Junior é evangélico e ligado à direção da Assembleia de Deus. Tem tido forte apoio deste segmento, que se traduz nas intenções de voto. O Ibope apontou 38% para ele aí, contra 46% da soma dos demais. Como a margem de erro desta pesquisa foi de 4%, o vereador estaria no limite de ganhar no primeiro turno, com empate técnico em 42%. Claro, caso a eleição fosse apenas entre evangélicos, que totalizam 27% dos eleitores cuiabanos. 

Quanto ao gênero há diferenças importantes também. Temos a primeira candidata a prefeita desde 1996 e a desigualdade na presença da mulher na política vem sendo bem problematizada nesta eleição. Abílio Júnior tem uma larga vantagem entre os homens, com 33% contra 17% de Emanuel Pinheiro, 22% de Roberto França e 6% de Gisela Simona.  Já entre as mulheres a eleição está mais embolada, com 19% para Abílio, 22% para Emanuel Pinheiro, 15% para Roberto França e 16% para Gisela Simona. É possível ver a forte presença de Emanuel neste grupo, que vem pelo menos desde a última eleição e foi reforçada. Também a grande diferença de Gisela, que quase triplica seu resultado junto ao público feminino em relação ao masculino. Isto indica que ela tem potencial para crescer, se seu apelo para ter o voto feminino surtir efeito. 

Quanto à escolaridade do eleitorado é possível constatar aquilo que vinha sendo apontado desde a pré-campanha em relação a Roberto França, que é a sua força junto ao eleitor menos escolarizado e seu perfil para concorrer com Emanuel ali. Dentre aqueles que têm ensino fundamental está 30% a 27% na disputa de Emanuel Pinheiro com Roberto França. No nível médio a luta já é entre Abílio Júnior e Emanuel, com 34% a 27%, respectivamente. E nos portadores de diploma de curso superior o quadro é de empate técnico entre os quatro principais, com destaque para a Gisela Simona que sai de 5% no fundamental para 17%. 

A pesquisa mediu também a popularidade de Emanuel Pinheiro. Apontou 30% de avaliação boa/ótima, 42% de regular e 28% de ruim/péssima. 44% dos eleitores aprovam a administração e 51% reprovam. Eles combinaram também esta tabela com as intenções de voto e revelaram algo interessante. Emanuel tem 53% daqueles que avaliam sua gestão como boa/ótima como seus eleitores. 15% estão com Abílio Junior e 11% com Roberto França. No regular Abílio Junior e Gisela estão melhores e no ruim/péssima o vereador se identificou como a grande alternativa de oposição, com 38% contra 22% de Roberto França. 

Quer dizer, há um bom espaço para o crescimento de Emanuel no eleitor que avalia a sua gestão como boa e ótima, que costuma converter 80% para de intenção de voto em média. E também no regular, que seria acrescentado. Um dos focos do seu marketing tem sido exatamente ligar o candidato às realizações da sua gestão para polarizar melhor esse eleitor. Veremos se dará certo. 

 

(*) VINICIUS DE CARVALHO é gestor governamental, analista político e professor universitário. 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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