Mayke Toscano
Quando a fumaça branca saiu pela chaminé da Capela Cistina, milhares de católicos como eu ficaram curiosos pra saber o novo ocupante do trono de Pedro.
Quando foi divulgado seu nome e, principalmente sua nacionalidade, confesso-lhes como “tarado” que sou por futebol, pensei que doravante minha igreja estaria nas mãos de um “milongueiro”, tal qual como um Diego Simeone (o maior catimbeiro que vi no futebol mundial) ou um Mascherano outro que não fica atrás, ambos argentinos.
Esqueci-me que esse homem viria para representar a Igreja de Jesus Cristo, e Jesus jamais deixaria nas mãos de um Simeone ou de um Mascherano as chaves de seu templo. Mandou-nos um que até hoje tenho dúvidas se realmente é Argentino. Pode até ser, mas tenho certeza de que ele foi “transplantado” de sangue e principalmente recebendo um bondoso e piedoso coração, totalmente diferente daqueles que desfilam pela Praça de Mayo.
Nosso Papa com seu espirito evolucionista leva a Igreja Católica a tomar novos rumos, estes sempre aspirados, pela grande maioria de seus fiéis.
Falta ao Papa Francisco explicar a alguns de seus servos formadores de opinião, que nos sermões por eles feitos, atentem-se mais na pregação bíblica, na narrativa da passagem de Cristo por estas terras e muito menos em política ou defender políticos que praticaram atos indefensáveis.
Falta ao Papa Francisco ensinar a alguns de seus padres por este planeta afora e, principalmente no Brasil, que é muito grande e profunda o significado da palavra crise.
Crise não só é falta de produtos nas gôndolas dos supermercados. Crise é a falta de respeito ao dinheiro público, a falta de respeito ao povo negando-lhe saúde, escola, alimento, emprego, salário digno, transporte eficiente, estradas e outras coisas que qualquer cidadão de bem e trabalhador tem o direito de receber e o estado tem a obrigação de fornecer.
Portanto Papa Francisco, os exemplos dados por Vossa Santidade no sentido de transformar a Igreja Católica que perde fiéis a cada dia, devem ser seguidos por aqueles que detém o microfone nas santas missas, sem nos dar o direito de no púlpito, apresentarmos nossas réplicas, até por que se ali estamos, vamos todos com um único proposito, de agradecer a Jesus pelas graças alcançadas. Esperamos a extensão por nosso país, por nosso estado e principalmente por nossa cidade, de seus exemplos maravilhosos.
Não se apegue a partidos políticos. Apegue-se ao caráter do político.
*EDUARDO POVOAS é odontólogo pós graduado pela UFRJ.
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