Depois de viajar pela rodovia da morte – BR 163 e ouvir a indignação das pessoas, fila de caminhões intermináveis, ouvindo as pessoas nas paradas aqui e acolá, me deparai com mais um fiasco dos “representantes do povo”, figurantes de luxo e de um Presidente que debocham do povo.
É issso, enquanto a Ferrogrão, ferrovia com o objetivo de conectar o norte do Mato Grosso ao porto de Miritituba (PA) representa uma alternativa viável, segura e sustentável ao escoamento da produção agrícola brasileira está travada por disputas políticas e inércia institucional, o país perde competitividade, empregos e a chance de se modernizar. A obra que pode reduzir custos logísticos em até 40% está parada há mais de cinco anos pelo STF.
A construção da Ferrogrão é um projeto que transcende a esfera econômica, impactando diretamente a qualidade de vida e a sustentabilidade ambiental. A BR-163, conhecida como "rodovia da morte" devido ao intenso tráfego de caminhões e aos acidentes frequentes, seria significativamente desafogada com a implementação da ferrovia. Isso não só aumentaria a segurança nas estradas salvando vidas, mas também reduziria o tempo de viagem e o desgaste dos veículos, gerando economias substanciais para o setor de transportes e a diminuição emissão de CO2.
Essa morosidade judicial gera incerteza e prejuízos. Paralelamente, o Congresso Nacional, que deveria atuar como um baluarte da legislação e do progresso, parece estar em um estado de letargia, sem tomar as medidas necessárias para destravar a obra.
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) tem sido um dos principais opositores da Ferrogrão. Esse partido com a penas 14 representantes tem se destacado por usar o STF para tentar reverter decisões aprovovadas pela maioria do Congresso, ou seja, parece que a minoria está mandando nesse país “democrático”.
No processo da Ferrogrão, os argumentos apresentados são considerados frágeis e insubsistentes por muitos especialistas. O fato de o Congresso ter aprovado a legislação que ampara a Ferrogrão sugere que as supostas inconstitucionalidades já poderiam ter sido corrigidas ou debatidas internamente.
Essa inércia e o excesso de judicialização não afetam apenas a Ferrogrão. Outras pautas cruciais para o desenvolvimento do Brasil, especialmente no agronegócio, também estão paralisadas. Um exemplo notável é a exploração de fertilizantes, um setor no qual o Brasil depende de até 85% de importações. A falta de avanço nessas áreas compromete a soberania nacional e a capacidade do país de se desenvolver de forma autônoma.
Enquanto isso, o governo federal intensifica sua retórica populista, sem entregar soluções reais. Promove discursos de enfrentamento entre “ricos e pobres”, critica o Parlamento e diz defender os mais vulneráveis, mas mantém sigilo sobre gastos públicos, rombos nas
estatais como INSS e Correios, e favorece interesses financeiros de grandes bancos.
Ministros sob investigação, escândalos administrativos e gastos questionáveis se acumulam.
Até parte da grande imprensa, antes aliada, já começa a se afastar da narrativa oficial, alertando para contradições graves entre o discurso e a prática.
Em paralelo, a aproximação com regimes autoritários como Cuba, Venezuela, China, Rússia e Irã, esse último onde as mulheres tem metade dos direitos dos homens e são executadas, por causa de um simples véu, acende um alerta vermelho sobre os rumos diplomáticos do país.
É hora de o cidadão brasileiro acordar. A próxima eleição não pode repetir os erros do passado. Não se pode mais votar em figuras decorativas, herdeiros políticos ou representantes de máquinas partidárias ultrapassadas, ou sombra de outro político.
O Brasil precisa de líderes técnicos, sérios e com coragem para romper com a cultura da paralisia institucional.
(*) NAIME MÁRCIO MARTINS MORAES é advogado e Professor Universitário.
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br
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