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Artigos Sexta-feira, 09 de Setembro de 2011, 16:00 - A | A

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Sexta-feira, 09 de Setembro de 2011, 16h:00 - A | A

De Sabres e Utopias

Chegamos ao limite da utopia de que o povo é sempre oprimido, o Estado o grande e único corrupto e o poder é uma força política chefiada pelo Executivo, Legislativo, Judiciário e Imprensa, com resultados apenas da concordância ou embates entre as quatro

HONÉIA VAZ

 

Divulgação

 

Adentrando um pouco a história do Brasil, tenho dúvidas se atualmente o conceito em torno de “poder” obedece aos mesmos padrões prioritariamente centrados em figuras no comando político de países.

Não serão os sindicatos de funcionários, antes as simbólicas “formigas”, tão poderosos quanto os próprios chefes de estado e Iniciativa Privada? Executivo e Legislativo em suas ações acima da lei, ou contra a sustentabilidade, não estão fragmentando a ordem necessária ao TODO e auto-sabotando a força de sua presença e eficiência perante os cidadãos?

O que temos visto é uma queda de braços em que sai ganhando vários segmentos em detrimento do TODO, inclusive com aval do Judiciário. Não apresentando argumentos que defendem liberdade de expressão pra todas as camadas da sociedade (tornando mais forte o paternalismo que pensávamos ter vencido com os louváveis direito à greve e à livre opinião também dos empregados) e demonstrando despreocupação em trazer à luz decisões que solucionem o processo desgastante e caro para todos, os velhos poderes vigentes só endossam a distorção de jargões como “igualdade para o povo” ou “patrimônio do povo”, colocando dentro de uma redoma dourada por fora, mas podre e frágil por dentro, a necessária “briga” pela evolução das “espécies” e entendimento de que ao exercer uma força é preciso estar no justo centro para arcar de pé com o retorno da força exercida.

Até por que o fato não atinge somente ao governo e a funcionários públicos, mas à sociedade – que não têm dos governantes o devido pelos impostos pagos e é mal atendida em várias esferas, não só pela falta de materiais, ferramentais e medicamentos, mas pela displicência e má fé de muitos deste mesmo recurso humano que agora solicita veementemente seus direitos e que não os lembra na mesma medida e autocobrança quando o assunto é o seu dever (com qualidade e eficiência) para com a sociedade que os procura na sua atividade profissional.

Quem perde aqui? A sociedade. A prova maior está no fato de que a maioria destaca a surpresa de ser bem atendido ou ter resolvida sua demanda em um órgão público! Quem paga a conta? A sociedade, por meio de seus impostos e, duas a três vezes mais em cifrões extra-gastos para obter o serviço de empresas privadas.

Para os argumentos de que os requerentes também são parte desta mesma sociedade, não vale outra resposta senão, objetivamente, aquela em que então nos igualamos finalmente: da mesma forma que os grevistas, os demais têm o direito de opinar contra as propostas apresentadas, não é? E se temos que pagar conjuntamente a conta por meio de impostos, não estamos de acordo com isso e somos iguais na sociedade, como ficamos? Quando falamos dos prováveis aumentos para o Judiciário, o argumento não muda nada, só a alçada em que este segmento se encontra na escala de perspectivas e que, culturalmente, já estamos acostumados a perceber como sendo dos “poderosos” em contraproposta à ideia de “pequenos indefesos” professores e coveiros, entre outros.

Há mais a ser questionado: para a propalada, latente e condenável corrupção de administradores públicos, vereadores, senadores, deputados, em várias esferas brasileiras, não é corrupção o roubo de papel sulfite, medicamentos e canetas nas repartições pelo atendente ou a secretária, entre outros funcionários? E se temos milhões de servidores públicos e cidadãos para menos de 1/8 de autoridades, a que números chegaríamos em reais (R$) deste igualmente desvio? Na medida da falta de ética em ações e projetos e estabelecimento de metas voltadas à população por parte dos governantes, não temos de outro lado que avaliar um a um os servidores públicos na falta de compromisso em nos atender devida e cotidianamente com qualidade e colocando como regra o máximo dos preceitos de excelência no serviço a que se dispuseram a cumprir? Tenho experiências, e todos do meu círculo imediato, de que é não são somente os governos que nos desprezam e nos prestam mau serviço, mas meu “semelhante” e “igual”, em cada escola e repartição pública, no serviço direto, olho no olho, acrescento, para não haver possibilidade de terceirizarmos culpas e fazer mais concessões de desculpas.

Creio que chegamos ao limite da utopia de que o povo é sempre oprimido, o Estado o grande e único corrupto e o poder é uma força política chefiada pelo Executivo, Legislativo, Judiciário e Imprensa, com resultados apenas da concordância ou embates entre as quatro “instâncias”. Há quinto, sexto e décimo poderes, entre eles o da sociedade (que continua, geralmente, sendo manipulada pelo seu extremo desconhecimento sobre questões macro; encostada contra a parede pela despercepção do conceito de TODO, além de seduzida pelos jargões em torno de “direitos do cidadão” e a busca por benefícios individuais a partir da estrutura pública ou no seu meio cotidiano). E o dos sindicatos organizados sob a velha fachada de “povo”, com ares e desmandos de patrão, mas sem o entendimento dos direitos dos cidadãos que buscam seus serviços, como frequentemente acontecia na Iniciativa Privada de 30 anos atrás, mas para a qual agora há o PROCON e o Código do Direito Consumidor, o que não acontece para este ainda “não-regulamentado” empoderamento social contra o TODO.

(*) HONÉIA VAZ é jornalista em Cuiabá e colaboradora de HiperNoticias. E-mail: [email protected]

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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